Sarney recluso em
casa após nova denúncia
Em dia de mais um escândalo
envolvendo sua família, o presidente do Senado, José Sarney
(PMDB-AP), ficou ontem recluso em sua casa, no Lago Sul, em
Brasília. No final da tarde, em um carro particular, ele foi a uma
clínica de olhos na Asa Sul, onde permaneceu por cerca de uma hora.
Ao sair, indagado sobre a crise no Senado, Sarney disse apenas: "Não
vou falar nada".
Pela manhã, o senador divulgou uma
nota sobre a reportagem publicada pelo jornal O Estado de S.
Paulo que revelou que seu neto, José Adriano Sarney, é sócio de
uma empresa que intermedeia empréstimos consignados no Senado. A
Polícia Federal (PF) investiga suspeitas de corrupção e tráfico de
influência envolvendo empréstimos consignados a servidores. Sarney
atribuiu as notícias a uma "campanha midiática" para atingi-lo por
conta de suas posições políticas "de apoio ao presidente Lula e ao
seu governo".
Depois da visita à clínica de olhos -
aonde vai com regularidade, segundo funcionários do local -, Sarney
voltou direto para a casa, uma mansão particular com muros altos na
beira do Lago Paranoá. O senador não usa a residência oficial.
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