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Peregrinação do papa Bento 16 na Terra Santa

 

Peregrinação do papa Bento 16 na Terra Santa

No primeiro dia da peregrinação na Terra Santa, o papa Bento 16 pediu respeito à comunidade muçulmana e abertura de uma diálogo entre cristãos, muçulmanos e judeus pela paz. No discurso, proferido em Amã, na Jordânia, Bento 16 se esquivou das perguntas de jornalistas que questionaram se a visita tinha cunho político --em relação às discussões em torno da construção dos dois Estados-- e disse que representa uma "força espiritual".

"Minha visita na Jordânia me dá oportunidade de pedir respeito pela comunidade muçulmana", afirmou Bento 16 ao rezar ao lado do rei Abdullah 2º. "Nós acreditamos que a oração pe a grande força que abre o mundo para Deus. Nós estamos convencidos que Deus nos ouve e poderá mudar o curso da história. Eu acho que se milhões de pessoas que têm fé fizerem isso, nós poderemos fazer uma grande contribuição", disse o papa.

Questionado sobre a importância da visita na tentativa de resolver o conflito na região Bento 16 disse "não ser uma força política, mas uma força espiritual que ajuda a promover a paz". Na visita, programada até o dia 15, Bento 16 percorrerá locais sagrados e se encontrará com lideranças israelenses e palestinas. A viagem inclui ainda missas a céu aberto em Jerusalém, Belém e Nazaré.

Ao chegar no aeroporto de Amã na manhã desta sexta-feira, o papa foi recebido pelo rei Abdullah que reforçou a importância da visita do pontífice antes da viagem para Israel. "Nós dividimos os nossos valores e nós podemos fazer uma grande contribuição para todo o Oriente Médio se nós nos mantivermos unidos", disse o rei ao afirmar que a construção dos dois Estados é a solução do conflito.

Desde a eleição de Binyamin Netanyahu, a discussão em torno da criação de um território palestino e judeu vem sendo alvo de discórdia dentro do próprio governo israelense. Enquanto o ministro de Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, descarta a possibilidade, o ministro da Defesa, Ehud Barak, afirma que a construção dos dois Estados são a solução para o conflito. Netanyahu, no entanto, se esquiva da discussão, mas afirma estar comprometido com a manutenção da paz na região.

Na próxima segunda-feira (11), Netanyahu se reunirá com o presidente do Egito, Hosni Mubarak, para discutir as possíveis soluções para o conflito. A expectativa da comunidade internacional, em especial o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, é que os líderes cheguem a um consenso.

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Fonte: folha.uol.com.br

 

 

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