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Procuradoria investiga irregularidades de ex-diretores do Senado

 

Procuradoria investiga irregularidades de ex-diretores do Senado

Paralela às investigações que o próprio Senado faz sobre as denúncias envolvendo dois de seus ex-diretores, o Ministério Público Federal no DF também pretende iniciar uma apuração sobre irregularidades na administração da Casa.

A investigação ainda está na fase de coleta de informações. A Procuradoria tem reunido reportagens jornalísticas recentes com denúncias contra o ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia e o ex-diretor de Recursos Humanos João Carlos Zoghbi. O processo deve ser distribuído a um dos procuradores nesta segunda-feira.

No início de março, Agaciel deixou o cargo após a Folha revelar que ele não registrou em cartório uma casa avaliada em R$ 5 milhões. Já Zoghbi foi exonerado do cargo após a revelação de que cedeu um apartamento funcional para parentes que não trabalhavam no Congresso.

Contra Zoghbi, ainda pesa a denúncia de ter recebido propina para beneficiar instituições bancárias em operações de empréstimos consignado para servidores.

Em entrevista à revista "Época", Zoghbi admitiu ter usado o nome de sua ex-babá Maria Izabel Gomes para ocultar os filhos como verdadeiros donos da empresa Contact, que atuava como correspondente de bancos no bilionário mercado de empréstimo consignado no Senado.

Segundo a reportagem da revista, João Carlos e sua mulher, Denise --ex-diretora do Instituto Legislativo Brasileiro--, afirmaram que há corrupção nas contratações no Prodasen (Sistema de Processamento de Dados), na comunicação social, no transporte, na vigilância e no serviço de taquigrafia. O casal diz ainda que Agaciel é sócio de todas as empresas terceirizadas que têm contrato com o Senado.

Reportagem da Folha de hoje também informa que Agaciel pagou o equivalente a R$ 112,1 mil, em dinheiro vivo, por uma chácara registrada no nome de seu irmão Oto Maia. A acusação é feito pelos vendedores do imóvel.

Mão-de-obra

A assessoria do Ministério Público, no entanto, afirma que as investigações não têm relação com a Operação Mão-de-Obra, que apurou fraudes em licitações do Senado.

Realizada em julho de 2006, a operação desmontou uma quadrilha especializada em fraudar licitações para beneficiar empresas que atuavam no serviço de limpeza e informática de vários órgãos do governo federal.

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Fonte: folha.uol.com.br

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