Gripe suína já
matou mais de 60 pessoas
WASHINGTON, EUA (AFP) - A
epidemia de gripe suína já deixou mais de 50 mortos em todo o mundo,
com uma terceira vítima anunciada nos Estados Unidos, onde o número
de pessoas infectadas se multiplicou nos últimos dias, preocupando
as autoridades locais.
Segundo os países envolvidos, a
epidemia matou 53 pessoas em todo mundo, sendo 48 no México, três
nos Estados Unidos, um no Canadá e um na Costa Rica.
A Noruega detectou seus dois
primeiros casos, em pessoas que retornaram recentemente do México, e
se tornou o 30º país atingido pelo vírus mutante A (H1N1), que
combina características suínas, aviárias e humanas e para o qual
ainda não existe uma vacina.
Com a morte de um homem de 53 anos,
que também sofria de diabetes e de uma doença pulmonar, a Costa Rica
se tornou o quarto país do mundo e o primeiro da América Central a
registrar um caso mortal.
Os Estados Unidos anunciaram a morte
de um homem de cerca de 30 anos, que tinha antecedentes cardíacos e
se tornou a primeira vítima americana fora do estado do Texas (sul
dos EUA), na fronteira com o México, país de origem da epidemia.
Além disso, os Estados Unidos
registraram neste domingo 2.532 casos confirmados de gripe A(H1N1),
ou seja, 278 a mais que no sábado, segundo o balanço diário do
Centro de Controle de Enfermidades (CDC).
O número de estados afetados se
mantinha em 44, incluindo a capital federal, Washington. Os casos
confirmados subiram em mais de 600 entre sexta e sábado.
De acordo com o último balanço da
Organização Mundial da Saúde (OMS), os Estados Unidos têm mais da
metade dos casos confirmados de gripe suína registrados em todo o
mundo (2.254, de um total de 4.379). O México tem 1.626.
Mais de 100 pessoas estão
hospitalizadas em diversos estados americanos, mas as autoridades
destacaram que a maioria destes pacientes também sofre de outras
doenças, que necessitam uma maior vigilância.
Para Anne Schuchat, do Centro
americano de Controle e Prevenção das Doenças, é preciso observar as
tendências, em vez de se focalizar nos números. "Nossa avaliação é
que a transmissão do vírus nos Estados Unidos está em andamento, é
um vírus muito contagioso, semelhante ao da gripe sazonal",
declarou.
As autoridades americanas estão
trabalhando para definir as características do A (H1N1), e para
desenvolver uma vacina.
"O vírus da gripe é imprevisível, e
pode se modificar", alertou Schuchat, conclamando as autoridades
sanitárias a se prepararem também para a chegada da gripe sazonal,
cujo impacto pode se combinar ao da gripe suína.
As autoridades ressaltaram que a
gripe sazonal deixa 36.000 mortos a cada ano nos Estados Unidos.
A OMS mantém um nível de alerta 5
(numa escala de 6), e advertiu que o vírus pode diminuir de
intensidade durante o verão e voltar com força no outono do
hemisfério norte.
No México, a epidemia parece perder
força. O último caso mortal foi registrado no dia 4 de maio.
Contudo, três mortes suspeitas foram registradas no estado de
Jalisco (oeste), levando as autoridades regionais a fechar todos os
lugares públicos.
Da mesma forma, o famoso balneário de
Acapulco, no estado de Guerrero, fechou bares, restaurantes e casas
noturnas.
Já os 20 milhões de moradores da
Cidade do México voltaram à vida normal, com a reabertura dos bares,
restaurantes e museus, assim como dos famosos sítios arqueológicos,
como as pirâmides de Teotihuacan.
Por outro lado, os estados mexicanos
de Chiapas e Zacatecas decidiram manter as aulas suspensas até 18 de
maio como medida de prevenção.
O saldo de vítimas da epidemia no
México continua sendo de 48 mortos e 1.578 contagiados, uma vez que,
neste domingo, pela primeira vez, o governo federal não atualizou o
balanço oficial.
Ainda na América do Norte, quatro
novos csaos de gripe foram confirmados no Canadá neste domingo,
elevando para 285 o número total de pessoas infectadas.
Na América do Sul, o número de casos
confirmados da gripe A (H1N1) no Brasil aumentou de seis para oito,
segundo informou o ministério da Saúde. Além disso, casos suspeitos
se reduziram para 18.
O Japão, até então poupado pela
epidemia, confirmou neste domingo quatro casos de gripe suína, em um
professor e três estudantes que retornaram recentemente de uma
viagem à América do Norte.
Quarenta e nove passageiros que
estavam a bordo do mesmo avião, procedente de Detroit (Michigan,
norte dos EUA), foram colocados em quarentena por dez dias em um
hotel próximo ao aeroporto. As autoridades também decidiram
monitorar os 163 outros passageiros do mesmo voo, que já se
dispersaram em 26 das 47 regiões do arquipélago.
Por fim, as autoridades chinesas
anunciaram neste domingo que um morador da província de Sichuan que
voltou há pouco dos Estados Unidos se tornou o primeiro caso
conhecido de gripe suína dentro das fronteiras do país.
Um primeiro caso já havia sido
registrado em Hong Kong, no dia 1 de maio.
Leve o as Notícias para o seu site ou
blog
Fonte:
br.noticias.yahoo.com
Veja historial completo das
notícias destacadas
|