Brasil aumenta
envio de energia à Argentina
O ministro de Minas e Energia,
Edison Lobão, disse que o Brasil deverá exportar neste ano para a
Argentina uma quantidade maior de energia do que em anos anteriores.
Lobão assinou hoje um novo acordo de intercâmbio energético com o
ministro do Planejamento, Indústria e Comércio da Argentina, Julio
de Vido. No ano passado foram enviados para a Argentina 1.500
megawatts (MW) de energia, no período do inverno, quando há maior
consumo naquele país. Neste ano, o envio pode chegar a até 2.100 MW,
que é a capacidade da linha de transmissão de energia que liga os
dois países.
"Admite-se a possibilidade de
aumentar o envio, se for necessário. Mas acreditamos que não chegará
aos 2.100 MW", disse Lobão, após o encontro. A quantidade exata de
energia a ser enviada à Argentina será definida no dia 13 de abril,
em reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
"Vamos deixar a Argentina confortável, desde que tenhamos energia
para fornecer", acrescentou Lobão.
A energia deverá ser enviada à
Argentina durante os meses de maio a agosto; posteriormente, de
setembro a novembro, a Argentina devolve a mesma quantidade de
energia ao Brasil. O acordo de intercâmbio de energia, renovado
hoje, vem sendo assinado desde 2005. A energia enviada à Argentina é
produzida principalmente por usinas hidrelétricas. Mas há
possibilidade, também, de ser enviada energia de usinas térmicas,
que não estiver sendo usada no Brasil. Neste caso, a Argentina paga
pela energia.
Usina
Lobão e o ministro do Planejamento,
Indústria e Comércio da Argentina, Julio de Vido assinaram um
memorando de entendimento para o início do estudo de viabilidade de
construção da usina hidrelétrica de Garabi, na fronteira entre os
dois países. "Os projetos estão andando com rapidez", disse o
ministro Lobão. O ministro argentino informou que o cronograma prevê
duas etapas. A primeira se refere ao inventário do rio Uruguai e a
segunda, ao estudo sobre o local mais eficiente para se construir a
hidrelétrica, inclusive sob o ponto de vista ecológico.
A usina teria uma capacidade de
geração, segundo De Vido, entre 1 mil MW e 1.300 MW. A ideia é de
que a hidrelétrica forneça energia para abastecer os dois países. De
Vido disse que ainda estão sendo analisadas questões
constitucionais, mas o acordo deverá prever que o País que não
consumir a sua cota deverá cedê-la prioritariamente ao outro país
sócio da hidrelétrica, a exemplo do que acontece com a usina
hidrelétrica de Itaipu, na qual o Brasil compra grande parte da
energia do Paraguai.
Segundo o Ministério de Minas e
Energia está prevista para amanhã uma reunião, na Argentina, de um
grupo de trabalho que estuda a viabilidade técnica da usina,
composto de representantes dos dois países.
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Fonte:
br.noticias.yahoo.com
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