China constrói
estação espacial
Em mais um capítulo da
narrativa chinesa para virar uma superpotência espacial, o país
asiático anunciou ontem que encerrou a missão da sonda lunar Chang'e-1,
lançada em 2007. O equipamento, que orbitou a Lua por milhares de
vezes durante 16 meses para mapear o satélite natural da Terra,
acabou sendo lançado contra o próprio solo do corpo celeste.
De acordo com as autoridades da
China, o choque feito por meio de controle remoto é o primeiro
passo, de um total de três, para que um veículo totalmente feito no
país possa descer no solo lunar em 2017 com o objetivo de coletar
minerais.
Depois da colisão de ontem --que
ocorreu às 5h13 pelo horário de Brasília--, uma nova sonda deverá
ser lançada ao espaço pelos chineses em 2012.
As ações para que esse segundo passo
seja dado, e que a aterrissagem desta vez seja suave, já estão
adiantadas, disse Wu Weiren, chefe de projetos do programa de sondas
lunares da China, ao jornal "China Daily".
Mas mesmo que o terceiro passo da
missão lunar ocorra com sucesso em 2017 ele não deverá ser o último.
A China quer ainda pisar na Lua.
O objetivo de conquistar o satélite
da Terra é o desdobramento da nova corrida espacial travada no
século 21, sobretudo entre três países asiáticos: China, Japão e
Índia. As três nações já enviaram sondas para mapear a superfície
lunar.
Conquista do espaço
Com todo esse conhecimento adquirido
nos últimos anos, que tem inclusive preocupado os Estados Unidos que
acham que essa tecnologia poderá ser usadas para fins militares, a
China já tem planos mais ambiciosos em termos espaciais, que também
foram detalhados ontem pelas autoridades locais.
O primeiro elemento de uma futura
estação espacial construída pela China deverá ser enviado ao espaço
no ano que vem. Se tudo der certo, o acoplamento inédito entre o
módulo e uma nave espacial deverá ocorrer no início de 2011.
O módulo espacial chinês, nomeado de
Tiangong-1 (palácio celeste-1) deverá ser acoplado à nave Shenzhu-8.
O equipamento está concebido para
oferecer um "lugar seguro" aos taikonautas [nome dado para os
astronautas da China] que tiverem que viver no espaço com o objetivo
de fazer investigações científicas em gravidade zero, informou a
agência oficial do país.
Segundo a "Nova China", o módulo
Tiangong-1 terá 8,5 toneladas de peso e poderá realizar operações de
longo prazo sem a necessidade de nenhum tipo de assistência.
Essa independência em relação à Terra
é crucial para que a construção de uma estação espacial ocorra. A
ideia do governo chinês é lançar vários desses módulos para depois
acoplá-los em uma estação no espaço.
Para atingir os objetivos traçados
para a próxima década, a China conta com um orçamento anual de
aproximadamente US$ 3 bilhões para o espaço.
Com todos esses recursos, o país
asiático também conseguiu entrar para a história como a terceira
nação no mundo a enviar um homem ao espaço. Em 2003, a China ficou
ao lado de Rússia e Estados Unidos. No ano passado, outro feito que
parou o país: Zhai Zhigang, 42, tornou-se o primeiro chinês a
caminhar no espaço.
Fonte:
folha.uol.com.br
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