Diretor de
colégio em SP é indiciado por pedofilia
O irmão Luiz Eduardo de Oliveira,
diretor-geral do Colégio Cristo Rei de Marília, mantido pela
congregação Irmãos do Sagrado Coração, da Igreja Católica, foi
indiciado ontem em inquérito por crime de pedofilia. O religioso é
acusado de fazer-se passar por uma adolescente de 15 anos e, por
meio de conversa pela internet, de induzir uma menina de 12 anos,
residente em Americana, também no interior paulista, a tirar a roupa
por cinco vezes e expor seu corpo na webcam. Se condenado, ele
poderá pegar até seis anos de prisão em regime fechado.
O crime ocorreu em julho de 2007. A
mãe da garota interceptou suas conversas com a "coleguinha" que
dizia ter 15 anos e estranhou seu questionamento sobre a formação do
corpo. Ficou no lugar da filha e manteve a conversa até descobrir
que o interlocutor não se tratava de uma adolescente. Acionada, a
polícia de Americana abriu investigações e o rastreio da comunicação
levou ao notebook instalado na sala de direção do tradicional
colégio católico de Marília, distante a 330 quilômetros de
Americana.
Agentes da Delegacia da Mulher de
Marília foram até o colégio e apreenderam o equipamento. O diretor
confessou tratar-se de um computador de sua propriedade e uso
pessoal. A pericia recuperou 28 mil arquivos deletados, entre eles
40 fotos de adolescentes com idades de 12 a 15 anos, mas não achou
fotos da menina de Americana. No entanto, foi constatada a conexão
entre os dois computadores - o do diretor e o da vítima.
Versões
O titular da Delegacia da Mulher,
Celso Antonio Borlina, pediu a prisão preventiva do indiciado, mas a
medida foi negada pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Marília, Décio
Devanir Mazetto, que a considerou desnecessária.
Chamado a depor, Luiz Eduardo mudou
aquilo que havia dito por ocasião da apreensão do notebook. Segundo
sua nova versão, o aparelho era utilizado por cinco pessoas, servia
a trabalhos administrativos da escola e teria sido invadido por
algum hacker. De acordo com o delegado, a invasão foi desmentida
tecnicamente. O advogado do indiciado, Rubens Franklin, afirma que
ele será absolvido e alega questões éticas para não comentar o
processo que, segundo ele, corre em segredo de Justiça.
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Fonte:
br.noticias.yahoo.com
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