Milhões de britânicos utilizam sites
como o Facebook, Bebo e MySpace para conversar com amigos, mas os
ministros do país estão preocupados com a possibilidade de que essa
tecnologia em rápida evolução venha a ser utilizada por extremistas.
Os críticos da idéia atacaram os
planos como uma nova evidência de que um governo superdimensionado
possa se imiscuir na vida das pessoas. O Home Office confirmou nesta
quarta-feira que o governo está estudando a possibilidade de
monitorar os sites de redes sociais, mas disse que a idéia ainda
estava em estágio consultivo.
As autoridades também insistiram que
não se interessam pelo conteúdo das conversas privadas, mas sim
simplesmente em saber quem está se comunicando com quem. "Deixamos
claro que a revolução nas comunicações foi rápida neste país, e a
maneira pela qual recolhemos dados de comunicação precisa mudar, de
modo a permitir que as agências policiais mantenham sua capacidade
de enfrentar o terrorismo e encontrar provas", disse um porta-voz do
Home Office.
"Deixamos bem claro que não há planos
para um banco de dados que abrigue o conteúdo de emails, mensagens
de texto, conversações ou informações contidas em sites de redes
sociais", ele acrescentou.
O porta-voz disse que o governo
começaria em breve a consultar o setor e o público sobre maneiras de
eliminar as possíveis lacunas criadas pela tecnologia usada em sites
sociais.
O vice-presidente de privacidade do
Facebook e seu diretor mundial de política pública, Chris Kelly,
criticou os planos como exagerados.
Em entrevista ao site de informática
ZDNET.co.uk, ele declarou que "em nossa opinião, monitorar todo o
tráfego dos usuários é excessivo".
Já há leis suficientes, ele
acrescentou, para permitir que as autoridades policiais obtenham
acesso ao tráfego de dados de pessoas suspeitas.