Manifesto contra
a legalização do aborto
MADRI, Espanha (AFP) - Uma
associação contra o aborto apresentou nesta terça-feira um manifesto
assinado por centenas de cientistas e intelectuais contra o projeto
do governo socialista de legalizar a interrupção voluntária da
gravidez dentro de um prazo determinado.
Os assinantes consideram neste
"manifesto que o aborto é um ato simples e cruel de interrupção de
uma vida humana", afirmando que a vida começa no momento da
fecundação.
"Quase 1.000 cientistas e
intelectuais assinaram o texto", afirmou nesta terça-feira durante
entrevista à imprensa um dos promotores da iniciativa, Nicolás Jouve
de la Barreda, professor de genética da Universidade de Alcalá de
Henares (centro).
Esta iniciativa da associação
HazteOir, que é contra o aborto e a eutanásia e a favor da família
como instituição básica da ordem social, coincide com o lançamento,
pela Igreja espanhola, de uma polêmica campanha publicitária contra
o aborto.
Os bispos espanhóis lançaram uma
campanha para denunciar o fato de espécies animais ameaçadas estarem
mais protegidas, segundo eles, do que embriões humanos na Espanha.
O fundador de HazteOir, Ignacio
Arsuaga, que se declara católico, considerou que a campanha dos
bispos foi muito bem feita e aborda bem o problema.
Na campanha dos bispos, um bebê
aparece ao lado de um lince ibérico --espécie protegida na Espanha
por sua vulnerabilidade--, com a frase "Lince protegido". O bebê
pergunta: "E eu?" e, acrescenta, "Proteja minha vida!, tudo isso com
fotos do feto.
O governo espanhol quer permitir o
aborto livre legal dentro de um prazo de gestação limitado, como já
ocorre em diversos países europeus.
Atualmente, o aborto é permitido no
país nas primeiras 12 semanas de gestação em caso de estupro, e 22
semanas em caso de má formação do feto, sendo sem limite de tempo em
caso de risco físico ou psíquico para a mãe. Esta última disposição,
a mais utilizada, dá lugar a abortos muito tardios.
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Fonte:
br.noticias.yahoo.com
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