Você gosta de games? Se usa o
PC para jogar, está acostumado a fazer upgrades frequentes, e caros,
na máquina para acompanhar a evolução técnica dos títulos. Se joga
em consoles, investe centenas de reais em títulos para um videogame
que em algum momento se tornará obsoleto.
A OnLive pretende mudar a forma de
consumir a diversão eletrônica. Com ela, o poder de processamento
ficará nos servidores da empresa e a experiência dos games chegará
ao usuário pela internet. Milhares de jogos estarão em andamento nos
servidores e um set-top box os levará ao seu televisor.
No centro da proposta estão
algoritmos que comprimem os dados processados nas centrais antes de
enviá-los ao consumidor. Para a experiência em definição padrão é
preciso ter uma conexão de 2 Mb/s, e em alta definição, 5 Mb/s. Na
demonstração feita para a VentureBeat, games pesados como Crysis
rodaram sem problemas remotamente. Em algumas horas, o Game
Developers Conference, em São Francisco, terá a OnLive funcionando
com 16 títulos, na maior apresentação em sete anos de
desenvolvimento.
O modelo de comércio de games também
muda. Em vez de comprar títulos, os jogadores alugarão os games ou
farão assinaturas dos serviços. Os distribuidores, por sua vez,
conseguirão atualizar os títulos com facilidade e até modificar seus
graus de dificuldade de acordo com o relatório das sessões passadas
de jogo. Grandes empresas já estão na OnLive: Electronic Arts,
UbiSoft, Take Two, Epic Games. Também estão previstas as funções
sociais, como amigos, formações de grupos, assistir às partidas de
terceiros.
A idéia não é nova, mas é a
compressão de dados em até 200 vezes garantida pela OnLive que torna
real a possibilidade de consumir o alto processamento dos games à
distância. Basta usar um micro com Windows, OS X ou a caixa simples
MicroConsole da empresa para se divertir com mais jogos que você
poderia ter para seu console atual.
Assista abaixo à demonstração da
interface da OnLive e a uma entrevista em duas partes com Steve
Perlman, presidente da empresa.