Cruzamentos de SP
recebem 130 câmeras de segurança da Polícia Militar
A partir de abril, quem
trafegar por um dos 130 cruzamentos considerados mais violentos de
São Paulo será filmado por câmeras de segurança da Polícia Militar.
O programa de vigilância, que já conta com outros 102 equipamentos
espalhados pela cidade, tem como objetivo reduzir os índices
criminais relacionados ao trânsito. O investimento é de R$ 6
milhões.
As máquinas, do tipo "domo" têm
capacidade para registrar imagens de até três quilômetros de
distância. Segundo a polícia, a vigilância eletrônica, em
funcionamento desde julho do ano passado, já conseguiu diminuir em
25% as ocorrências de furtos e roubos de veículos nos pontos
monitorados. Por mês, 45 casos são registrados pelas lentes da
polícia.
Nesta segunda fase de investimentos
--na primeira foram gastos outros R$ 6 milhões--, a atenção está
concentrada na zona leste da cidade, que receberá mais 44
equipamentos, somando-se aos 16 já existentes. Entre os pontos-chave
estão as avenidas Paes de Barros, Itaquera, Sapopemba, São Miguel e
rua Amador Bueno da Silva.
As zonas sul e norte também terão um
reforço considerável. A primeira terá 33 novas câmeras --em avenidas
como a Ibirapuera, a Bandeirantes e a Ricardo Jafet-- e a segunda,
mais 37. O menor investimento está na zona central de São Paulo. A
justificativa é de que a região já conta com 44 câmeras da Guarda
Civil Metropolitana.
As imagens são transmitidas em tempo
real para a central operacional da PM, que tem a função de
identificar os crimes (ou suspeitas) e encaminhar as equipes mais
próximas ao local. "A ideia da câmera não é apenas produzir imagens,
mas inibir a ação dos criminosos. É prevenção, acima de tudo", diz o
tenente Pedro Luis Souza Lopes, que é porta-voz do comando da
Polícia Militar de São Paulo.
Zoom de 600 m
O projeto também tem o objetivo de
servir como fonte de identificação de criminosos e placas de carros.
A capacidade de aproximação (zoom) das câmeras é de 600 metros. "Já
conseguimos até ler mensagens de celular direto da central", afirma
Lopes.
O sistema é criticado por
representantes do Ilanud (Instituto Latino Americano das Nações
Unidas para Prevenção do Delito e Tratamento do Delinquente).
A diretora do Ilanud Paula Miraglia
afirma que a vigilância não pode ser um instrumento isolado, pois
não combate a raiz do crime.
"Não podemos ficar restritos às
câmeras. Há outras formas de monitorar a cidade. A avenida Paulista,
por exemplo, fica iluminada e decorada no Natal. Automaticamente,
passa a ser um local seguro, pela circulação de pessoas. Essa
vigilância é natural e funciona", diz.
Fonte:
folha.uol.com.br
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