México prende 1º
traficante de lista de recompensas
Militares mexicanos capturaram
hoje um lugar-tenente do cartel de drogas dos irmãos Beltrán Levya.
Héctor Huerta Ríos, apelidado de La Burra, foi detido nas
proximidades da cidade de Monterrey, no norte do país, com quatro
guarda-costas, informou o chefe de operações do Estado-Maior da
Defesa, general Luis Arturo Oliver. Trata-se da primeira prisão
desde a publicação, na segunda-feira, de uma lista de recompensas
milionárias com os nomes dos principais líderes do narcotráfico. A
prisão foi anunciada horas antes da chegada da secretária de Estado
norte-americana, Hillary Clinton, ao país.
Huerta era um dos 13 nomes pelos
quais o governo oferecia até 15 milhões de pesos mexicanos (US$ 1
milhão) pela captura. As autoridades não informaram se alguém
receberá o valor por essa prisão. Huerta é considerado o principal
operador dos irmãos Beltrán Levya, que agem no Estado de Nuevo León,
no norte do país, fronteiriço ao Estado norte-americano do Texas.
Ele tinha como tarefa fazer pactos com o rival cartel do Golfo para
dividir operações e evitar enfrentamentos, segundo a procuradoria.
Os militares também apreenderam três
fuzis de assalto, uma submetralhadora, quatro pistolas e quatro
granadas de fragmentação, além de 18 luxuosos veículos. O general
disse que também foram localizados US$ 12.480 e 8 mil pesos (US$
530) em dinheiro.
Na segunda-feira, a
Procuradoria-Geral da República mexicana divulgou a lista com as
maiores recompensas previstas até então pelo governo. A atual
administração se comprometeu a pagar até 30 milhões de pesos (US$
2,1 milhões) pela captura de cada um dos 24 líderes de cartéis do
país. A prisão de cada lugar-tenente dos grupos prevê um pagamento
de até 15 milhões de pesos (US$ 1 milhão). Foram listados 13 deles,
de três dessas organizações.
Segundo a lista, operam no México
seis grandes cartéis: o do Golfo (Zetas), o do Pacífico, o dos
Beltrán Levvya, o dos Carrillo Fuentes, o da Família e o dos
Arellano Félix. Outros dois nomes da lista já haviam sido
capturados, Vicente Zambada Niebla, apelidado El Vicentillo,
um dos líderes do cartel do Pacífico, e Sigifredo Nájera Talamantes,
El Canicón, lugar-tenente do cartel do Golfo. Segundo a
polícia, a lista foi elaborada para ser publicada dias antes da
prisão dos dois.
Visita
A passagem de Hillary pelo México tem
uma agenda abrangente, mas dominada pelo problema do narcotráfico.
Os Estados Unidos temem que a violência aumente ainda mais e cruze
as fronteiras. Ontem, a administração do presidente norte-americano,
Barack Obama, anunciou o envio de US$ 700 milhões para o combate ao
narcotráfico no México, dentro da chamada Iniciativa Mérida. Hillary
deve passar por Cidade do México e Monterrey, em sua visita de dois
dias.
No avião para a capital mexicana,
Hillary disse que o desejo insaciável dos EUA por drogas ilícitas e
a incapacidade de o país evitar o contrabando pioravam o quadro de
violência no México. Ela disse que Washington trabalhará em parceria
com o vizinho para melhorar a segurança dos dois lados da fronteira.
Porém, os funcionários norte-americanos sustentam que a agenda não
estará apenas focada nesse problema - também serão discutidos temas
como comércio, mudanças climáticas e a crise financeira
internacional.
Entre os temas que dividem o país
está a decisão norte-americana de suspender o acesso de
caminhoneiros mexicanos aos EUA, uma restrição que pode afetar o
comércio anual de US$ 2,4 bilhões. O governo mexicano reagiu impondo
tarifas a 89 produtos norte-americanos. Funcionários mexicanos
informam que morreram 6.290 pessoas na violência causada pelo
narcotráfico no ano passado. Mais de mil morreram nos primeiros dois
meses de 2009. O plano dos EUA inclui o fortalecimento da presença
policial na fronteira e a cooperação com o México, cedendo
tecnologia, equipamentos e dinheiro para o combate aos traficantes.
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Fonte:
br.noticias.yahoo.com
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