Na semana passada, funcionários de
Israel e do Hamas falaram em progresso, aumentando a especulação de
que um acordo poderia ser fechado em dias. O Hamas pede a libertação
de mil prisioneiros em troca do soldado israelense Gilad Schalit,
sequestrado por militantes em 2006.
Funcionários do Hamas disseram que
Israel ainda reluta em incluir líderes proeminentes do Hamas na
troca. O funcionário falou sob anonimato, por causa da sensibilidade
do acordo, mediado pela Alemanha.
No topo de contestada lista está
Marwan Barghouti, um líder popular do movimento Fatah, rival do
Hamas, que cumpre pena de prisão perpétua por causa do seu papel num
ataque que deixou quatro civis israelenses e um monge grego mortos.
Barghouti é visto como um possível sucessor do presidente palestino
Mahmoud Abbas e Israel é cauteloso em libertá-lo.
Um mediador alemão esteve em
Jerusalém nos últimos três meses, viajando regulamente a Gaza para
discutir os termos do acordo, disse um funcionário do Hamas. Ele
disse que além dos 50 nomes contestados, as duas partes ainda
discutem a exigência israelense de que 130 dos presos libertados
sejam imediatamente deportados para outros países após a libertação.
O Hamas quer reduzir o número dos deportados.
Em Gaza, o ministro do Interior do
Hamas, Fathi Hamad, disse que o grupo espera que o acordo esteja
completo até 14 de dezembro, ou então até 27 de dezembro, o
aniversário de um ano da ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza.
"Será a comemoração da libertação dos prisioneiros das cadeias da
ocupação", disse.
Até agora Israel se negou a discutir
o status das negociações. Em resposta a uma petição de um grupo de
defesa das vítimas de ataques de militantes, o ministro da Justiça
de Israel confirmou que um total de 980 presos palestinos poderão
ser libertados.
"Em princípio, existe a possibilidade
de que 450 prisioneiros pedidos pelo Hamas sejam soltos. A
libertação está sendo meticulosamente estudada de acordo com várias
considerações e sob uma base de segurança nacional", disse o
comunicado. "Em adição, haverá a libertação unilateral, como um
gesto para o povo palestino, de outros 530 presos", disse o
comunicado.