Publicada ontem, a pesquisa mostra
que canabinóides (foram usados os sintéticos ao invés dos naturais)
poderão ser úteis em pessoas cujos distúrbios decorrentes de traumas
persistem por muito tempo.
Entre os distúrbios, tratáveis com
canabinóides naturais ou de laboratórios, foram relacionados a
depressão, a ânsia, os ataques de pânico e os fisiológicos. E fatos
violentos, causadores de distúrbios prolongados, não faltam. Por
exemplo, nas pessoas que foram vítimas ou assistiram a atos
terroristas, muito comuns no Oriente Médio.
A experiência foi realizada com um
grupo de ratos, colocados sob estresse físico e mental. Nos ratos
sob forte estresse foram injetados canabinóides sintéticos.
Segundo a pesquisa, notou-se que a
maconha sintética limitava a liberação dos hormônios do estresse no
cérebro, estes responsáveis pela ativação, na memória, das
recordações traumáticas.
PANO RÁPIDO. Para o diretor do
departamento de psicologia, “os resultados colhidos na nossa
pesquisa deverão, especialmente no campo da psiquiatria, encorajar
estudos sobre o uso de canabinóides em pacientes afetados pelo
estresse post-traumatico”.
O uso terapêutico de propriedades
contidas na erva canábica ou sintetizadas em laboratório cresce pelo
planeta. Para quem conhece pacientes sob estresse pós-traumático, a
descoberta em Haifa é animadora.