Por meio de uma mensagem que aparece
na área reservada a anúncios patrocinados nos resultados da busca
por imagens de Michelle Obama, a Google lamenta que seu buscador
possa mostrar conteúdos ofensivos, mas acrescenta que não retirará
nenhum deles.
"Às vezes, as buscas do Google podem
produzir resultados perturbadores, inclusive quando os pedidos são
inofensivos", diz a companhia ao assegurar que não apoia os pontos
de vista expressados por esses conteúdos.
A imagem ofensiva da primeira-dama
causa polêmica desde a semana passada, quando o Google alegou que a
página que a abrigava era uma fonte de vírus para os usuários e
decidiu retirar o link correspondente de seus resultados de busca.
Porém, a imagem não demorou a
reaparecer hospedada em um novo servidor, e se tornou o primeiro
resultado que aparece na busca por imagens de Michelle Obama, algo
que a companhia afirma não poder controlar.
"A posição de um site na
classificação de resultados do Google depende fundamentalmente de
algoritmos de busca, que usam milhares de fatores para calcular a
relevância de uma página em relação a uma demanda particular",
explica o comunicado.
Não eliminar
A companhia ressaltou que sua maior
prioridade é a "integridade dos resultados de busca", e por isso
descarta "eliminar páginas dos resultados simplesmente porque seu
conteúdo seja impopular ou porque recebamos queixas a respeito".
"Só eliminaremos as páginas se
acharmos que o site viola nossas regras de uso, se acharmos que a
lei nos obriga a isso ou sob pedido do responsável da página em
questão", acrescentou.
Um comunicado similar aparece após a
busca por páginas que contenham a palavra "jew" ("judeu", em
inglês), em relação a um resultado que alude à negação do
Holocausto.
"Se você usou o Google ultimamente
para buscar a palavra 'judeu', é provável que tenha encontrado
resultados muito inquietantes", diz a mensagem da empresa, que
oferece as mesmas explicações do caso da imagem da primeira-dama dos
EUA.
"Às vezes, as sutilezas da linguagem
provocam o aparecimento de anomalias que são imprevisíveis",
acrescenta.
"No caso de 'judeu', isto ocorreu
porque (o termo) é usado em muitas ocasiões em um contexto
antissemita", algo que, segundo a empresa, não ocorre com os termos
"judaísmo" ou "judeus", no plural.