Ele afirma já ter metade dos 35
milhões de euros necessários para a construção da estrutura,
que, ao contrário das atuais estações submarinas, será móvel e
poderá navegar pelos oceanos.
"Atualmente, os oceanógrafos só
podem mergulhar por curtos períodos de tempo e depois têm de ser
trazidos para a superfície. É como se fossem levados para a
Amazônia e depois tirados de lá em um espaço de uma hora",
comparou. "O SeaOrbiter vai oferecer uma presença móvel
permanente com uma janela para tudo o que está abaixo da
superfície do mar."
Plataformas
Segundo o projeto de Rougerie, a estação terá 51 metros de
altura e contará com uma parte submersa e outra para fora da
água. Equipamentos de navegação e comunicação ficarão acima da
superfície, juntamente com uma plataforma de observação.
Os cientistas viverão debaixo
d'água e haverá uma plataforma pressurizada de onde
mergulhadores poderão partir em missão. O projeto conta ainda
com a consultoria de Jean-Loup Chrétien, o primeiro astronauta
da França, que está envolvido no design da estação.
O sistema anti-colisão da
estrutura é baseado no que é atualmente utilizado na Estação
Espacial Internacional. Rougerie, que dirige um carro-anfíbio,
vive e trabalha em um barco e já passou 70 dias em uma expedição
submarina, disse que as chances de o SeaOrbiter ser realmente
construído "são de 90%".
Um grande estaleiro francês já
assinou sua participação no projeto, que também ganhou o apoio
do presidente francês, Nicolas Sarkozy.