"O Tribunal Penal Federal ordenou a
libertação de Polanski", confirmou Folco Galli, porta-voz do
Departamento (Ministério) da Justiça, explicando que nossos altos
funcionários vão "decidir logo se acatamos a libertação de Polanski
ou se recorremos ao Tribunal Supremo (de Lausanne, a máxima
instância judicial da Suíça) contra esta decisão", acrescentou.
George Kiejman, um dos advogados do
diretor de cinema, se disse "muito feliz" com a sentença. "Isso me
parece natural, e é um grande motivo de satisfação", acrescentou.
De acordo com o advogado, Polanski
"vai tomar conhecimento da fiança pedida pela justiça suíça e deverá
em seguida ficar em prisão domiciliar em Gstaad, onde possui um
chalé". Há informações de que o montante poderá chegar a 3 milhões
de euros.
Os advogados do cineasta entraram no
dia 3 de novembro com um recurso contra a decisão judicial de
rejeitar por duas vezes a libertação de Polanski alegando "altas
probabilidades de fuga".
Roman Polanski, premiado com o Oscar
do melhor diretor (2003) e a Palma de Ouro do Festival de Cannes
(2002) pelo filme "O Pianista", é procurado pela justiça americana
por ter mantido relações sexuais com uma menor de 13 anos em 1977.
O cineasta, de 76 anos, já havia
oferecido seu chalé de Gstaad como pagamento da fiança, mas a
proposta fora recusada por não corresponder aos critérios legais.
Segundo fontes judiciais americanas,
o advogado do diretor de cinema franco-polonês vão pedir a
absolvição de seu cliente em 10 de dezembro numa corte de apelações
de Los Angeles (Califórnia, oeste dos EUA).