Um dos PMs mortos é o cabo da PM Izo
Gomes Patrício, um dos ocupantes do helicóptero abatido no último
sábado (17) por traficantes e que morreu na manhã de hoje, no
hospital. Outros dois PMs morreram na ocasião, quando a aeronave foi
atingida por tiros e explodiu após um pouso forçado.
Os confrontos na zona norte do Rio
começaram na madrugada de sábado. Em disputa pelos pontos de venda
de drogas, traficantes do morro São João --controlado pelo Comando
Vermelho-- e aliados invadiram o morro dos Macacos, controlado pela
ADA (Amigos dos Amigos).
Os tiroteios causaram pânico entre
moradores das favelas atingidas.
No sábado, a violência se espalhou e,
além dos confrontos no morro dos Macacos, ao menos 12 veículos foram
incendiados em bairros da zona norte. De acordo com a polícia, o
objetivo dos criminosos era desviar a atenção do morro dos Macacos.
Segurança
Também nesta segunda-feira, o
Ministério da Justiça negou que detentos do presídio de Catanduvas
(PR) tenham ordenado a invasão ao morro dos Macacos.
A declaração do ministério contraria
informação dada mais cedo pela Secretaria de Segurança Pública do
Rio, que afirmou que a invasão ao morro foi articulada por chefes da
facção CV (Comando Vermelho), que estão na unidade federal.
Após os confrontos, o governador do
Rio, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou que o Estado vai receber R$ 100
milhões da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) nos
próximos seis meses para equipar as forças de segurança e que a
polícia vai ganhar novo helicóptero blindado.
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva condenou nesta segunda-feira os atos de violência registrados
no Rio e afirmou que o governo federal está disposto a ajudar o
Estado no que for preciso para "limpar a sujeira que essa gente
[criminosos] impõem ao Brasil".
Desde o início da manhã de hoje, a
Policiais militares do Bope (Batalhão de Operações Policiais
Especiais) e de vários batalhões da corporação realizam uma operação
nas favelas de Manguinhos, Mandela e Jacarezinho, na zona norte do
Rio, para tentar prender os traficantes envolvidos nos ataques
criminosos. Diversas vias foram bloqueadas para passagem de veículos
e pedestres.