"Não falaria em um fim da crise
política, mas em uma saída", disse Victor Meza a jornalistas, depois
que os negociadores de Zelaya e do líder de facto Roberto Micheletti
se reuniram na capital.
"Conseguimos chegar a um texto único
que será discutido e analisado pelo presidente Zelaya e por
Micheletti".
O golpe deu início à pior crise na
América Central em anos e virou um teste para o presidente
norte-americano, Barack Obama, depois que ele prometeu melhorar as
relações com a América Latina.
A questão central discutida foi a
volta de Zelaya ao poder, mas nenhum lado deu detalhes do acordo e
os negociadores de Micheletti não quiseram comentá-lo.
Mesmo assim, o chefe do Exército
Romeo Vasquez, figura central no golpe, também disse que um acordo
estava próximo.
"Sei que avançamos de forma
significativa, estamos quase no fim da crise", disse ele à rádio
local HRN.
Zelaya foi deposto por militares e
expulso de Honduras em 28 de junho, mas em 21 de setembro voltou
clandestinamente ao país e está, desde então, abrigado na embaixada
brasileira na capital Tegucigalpa.