"Avançamos bastante, estamos
praticamente quase no fim da crise", declarou Vázquez à rádio HRN, à
qual ressaltou que as crises tem "seu começo, seu auge e também seu
final".
"Eu acho que isto vai ser solucionado
nos próximos dias. É no que acreditamos", afirmou o general, para
quem os hondurenhos não podem "continuar se enfrentando".
O ponto mais difícil nas negociações,
a restituição de Zelaya no poder, deverá ser discutido entre esta
quarta e quinta-feira, quando vence o prazo estabelecido pelo líder
deposto para sua volta à Presidência.
Zelaya destituiu Vásquez por se
recusar a dar apoio logístico a uma pesquisa de opinião nacional que
abriria caminho para seu projeto de convocar uma Assembleia
Constituinte. O Congresso e a Corte Suprema do país criticaram a
decisão, que consideraram ilegal, mas Zelaya não recuou. Três dias
depois, o presidente foi deposto e expulso do país.
Vásquez afirmou que os os diálogos
entre delegados de Zelaya e do presidente interino continuam para
avaliar os riscos que a crise pode implicar.
As comissões de ambas as partes
consideram que os acordos avançaram em 90%, com base no Acordo de
San José, proposta do presidente da Costa Rica e Prêmio Nobel da
Paz, Oscar Arias.
"Nós estamos fazendo todas as
análises correspondentes, mas precisamos lembrar que temos
autoridades superiores, que estão informados de nossas preocupações
através da rede de comandos", disse Vásquez.
"Sempre falamos com nosso ministro da
Defesa [Adolfo Sevilla] e nosso comandante geral, o presidente da
República, em todas aquelas preocupações que possam ter",
acrescentou.
"Qualquer aspecto que seja passível
de risco é analisado e também os comunicamos a nossos superiores
tentando fazer tudo o que podemos para proteger membros das Forças
Armadas", disse, sem dar maiores detalhes.
Vásquez disse ainda que os militares
garantirão as eleições de 29 de novembro, que a Frente de
Resistência contra o Golpe ameaçou boicotar se Zelaya não voltar ao
poder.