Trow baseou seus esforços de pesquisa
nas informações obtidas pelo inquérito aberto pelo FBI em 1988, que
conseguiu traçar um perfil da personalidade criminosa de Jack. Ele
teria sido um homem oriundo de uma classe social baixa. Também se
chegou à conclusão de que ele tinha um emprego de serviçal, mas que
provavelmente exigisse conhecimentos de anatomia, algo como
açougueiro, assistente de um médico ou de um hospital.
Em função de prolongados períodos sem
interação com outros seres humanos, Jack também seria um inepto
social. Ou seja, alguém com dificuldades de conviver com outras
pessoas. Ele também teria passado por problemas em casa. Seu pai era
ausente e o teria enviado para uma espécie de casa de correção. Em
um documentário do Discovery Channel, Trow sustenta sua
iniciativa. "Eu queria ir além do mito para chegar à realidade. E a
realidade é simples: Jack era um homem comum".
Além de acreditar ter descoberto a
identidade, o pesquisador atribui mais duas mortes a Robert Mann.
Ele acredita que Martha Tabram, encontrada com 39 facadas em
Gunthorpe Street, foi a primeira vítima de Jack. E Alice Mackenzie,
brutalmente assassinada oito meses depois que as cinco mortes
atribuídas ao criminoso terem sido confirmadas, foi a última. Os
corpos das duas foram entregues ao necrotério onde Jack trabalhava.
Os cadáveres de Polly Nichols e Annie
Chapman, outras vítimas de Jack, também acabaram no mesmo lugar. Nos
dois casos, além de abrir as portas do necrotério para a polícia,
Jack teria participado do inquérito como testemunha, estabelecendo a
causa da morte de ambas. Segundo Trow, por trabalhar em um local
"privilegiado", o criminoso ainda teve a chance de despir as vítimas
e "admirar" o que havia feito.