Para tratar um metro cúbico de água
contaminada, por exemplo, é preciso verificar o tipo de contaminação
e a profundidade do local, afirma o hidrogeólogo Everton de
Oliveira, presidente do I Congresso Internacional de Meio Ambiente
Subterrâneo, que começa nesta terça-feira e vai até sexta-feira, São
Paulo.
Ações efetivas contra o passivo
ambiental só começou só começaram a ser adotadas anos 90. E somente
em junho deste ano foi aprovada lei específica para punir as
empresas poluidoras no Estado de São Paulo: a Lei 13577, mas nada há
ainda de alcance nacional. A lei paulista estabelece normas e
diretrizes para proteção da qualidade do solo e gerenciamento de
áreas contaminadas.
De acordo com os organizadores do
evento, entre os variados tipos de poluentes encontrados em áreas
contaminadas, há uma predominância do nitrato, proveniente do esgoto
não tratado e de derivados do petróleo, como BTEX (benzeno, tolueno,
etilbenzeno e xilenos). Os postos de combustíveis são os principais
agentes causadores da contaminação. Eles gastam em média R$ 300 mil
para diagnosticar e remediar contaminações, conforme exigência da
licença ambiental. O tempo para se remediar nestes casos varia, em
média, de um a quatro anos. No Brasil, os locais mais afetados pela
contaminação encontram-se no Estado de São Paulo, na região
metropolitana da capital, na cidade de Ribeirão Preto e em Campinas
e seu entorno.