A seleção brasileira dominou os três
primeiros quartos da partida, chegando a colocar uma vantagem de 16
pontos no placar.
Porto Rico teve a oportunidade de
ganhar a partida no último segundo, mas seu capitão e base Carlos
Arroyo errou o arremesso que teria dado a vitória aos caribenhos.
O pivô porto-riquenho Danny Santiago
errou dois lances livres faltando pouco mais de um minuto de jogo,
que poderia ter aproximado Porto Rico ainda mais no placar, pois
Arroyo marcou uma cesta e Ángel Vassallo conseguiu um lance livre
deixando o jogo em 61 a 60, quando faltavam 33 segundos para o
final.
O segredo da vitória brasileira foi a
defesa, minando a principal arma dos donos da casa, as cestas de
três pontos. Porto Rico só converteu 5 cestas de três em 21
tentativas, o que fez a diferença em relação às outras partidas dos
caribenhos.
A equipe porto-riquenha demonstrou no
quarto final que não se rende até o último segundo, pois apesar de
perder por 50 a 37, acabaram a partida com apenas um ponto de
diferença.
Ambas as seleções entraram um pouco
ansiosas no início da partida, mas a defesa brasileira não permitiu
as cestas de três dos adversários e fechou o quarto em 19 a 13.
No segundo quarto, o técnico
porto-riquenho Manolo Cintrón decidiu dar descanso a quatro de seus
titulares o que foi uma decisão arriscada e que os brasileiros
aproveitaram.
Com o bom jogo de Leandrinho,
cestinha da partida com 24 pontos, o Brasil marcou seis pontos
seguidos, continuando boas penetrações no garrafão, o que deu uma
vantagem de 36 a 28 no quarto.
Os outros destaques do Brasil foram
Anderson Varejão, Tiago Splitter - com o bom trabalho no garrafão -
e Marcelinho Machado.
O domínio brasileiro ficou patente
nas 11 assistências contra apenas quatro dos boricuas, como são
conhecidos os jogadores caribenhos.
O elenco brasileiro continuou
demonstrando sua excelente defesa no terceiro quarto, quando parou o
ataque de Porto Rico que ficou sem marcar pontos nos primeiros cinco
minutos.
Com uma cesta de três pontos
"espírita" de Filiberto Rivera no último segundo do final do quarto
- que terminou 50 a 37 a favor do Brasil - Porto Rico abriu caminho
para uma incrível reação.
No último quarto, a batalha do Brasil
contra a torcida da casa aumentou. O ginásio quase explodiu quando
Guillermo Diaz completou uma ponte aérea com uma enterrada
espetacular.
Os torcedores gritavam o nome do país
sem parar, e dentro da quadra os atletas responderam à altura. Na
metade do período, a vantagem caiu para sete pontos.
As enterradas de Daniel Santiago eram
comemoradas com gritos da arquibancada. Uma cesta de três de Vassalo
fez a diferença cair para quatro pontos, e em seguida para dois.
Após um lance livre de Vassallo a
diferença caiu para um. No ataque, Leandrinho levou um toco faltando
11 segundos para o final da partida, Arroyo partiu para o ataque
para o último lance, chutou de três mas a bola não caiu.
Não havia mais tempo para nada. Daí
foi só a seleção brasileira comemorar a vitória e o coroamento do
trabalho nesta Copa América, sob direção do técnico Moncho Monsalve.
EFE