Recentemente, após a demissão de
Nelsinho da Renault, o piloto revelou à FIA (Federação Internacional
de Automobilismo) que o acidente foi premeditado pelo chefe da
equipe francesa, Flavio Briatore, e pelo engenheiro chefe da equipe,
Pat Symonds, como estratégia para dar a vitória a Alonso.
A corrida
Largando na pole position, o
brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, era o grande favorito para
vencer o GP de Cingapura. No entanto as chances do piloto da Ferrari
terminaram logo no início da prova.
Na 15ª volta, Massa liderava com
folga, mas a vantagem acabou quando Nelsinho Piquet bateu no muro,
aparentemente sem motivo, logo depois que seu companheiro havia sido
chamado para reabastecer. O safety car teve que entrar na pista.
Quatro voltas depois, ainda sob
bandeira amarela, Massa foi para o pit stop. Ele obedeceu ao sinal
verde da escuderia para sair, mas a mangueira de reabastecimento
ainda estava acoplada a seu carro.
Com a mangueira pendurada, o piloto
teve de parar mais à frente e aguardar o socorro dos mecânicos. O
brasileiro acabou caindo para a última colocação --depois ainda
sofreria uma punição drive-through, que obriga a uma passagem por
dentro dos boxes. No final, ficou em 13º lugar.
No reinício, a prova sofreu grandes
alterações. O alemão Nico Rosberg assumiu a ponta, mas tanto ele
como o polonês Robert Kubica, da equipe BMW-Sauber, sofreram
punições de dez segundos (stop-go).
O maior beneficiado acabou sendo o
espanhol Fernando Alonso, da Renault, que voltou em quinto lugar,
mas atrás de dois carros que sofreriam penalidades (Rosberg e Kubica)
e de dois que ainda fariam pit stops, os italianos Jarno Trulli
(Toyota) e Giancarlo Fisichella (Force India). Assim, o espanhol
assumiu a liderança e venceu a prova.
Depoimento
O site "F1SA" revelou que Nelsinho
confirmou à FIA que provocou propositalmente o acidente. O
depoimento foi prestado na condição de delação premiada, ou seja,
com garantia de que não haverá punição ao piloto.
Segundo a revista "Autosport", a
suposta armação no GP da Cingapura foi denunciada pelo pai de
Nelsinho, o tricampeão mundial Nelson Piquet, que ficou indignado
com a demissão do seu filho.
Para investigar o caso,
representantes da FIA já até estiveram na fábrica da equipe em
Enstone, na Inglaterra, para recolher dados dos computadores da
Renault, assim como registros feitos pela telemetria naquela prova.
A entidade máxima do automobilismo
convocou a alta cúpula da Renault a comparecer na reunião
extraordinária do Conselho Mundial da entidade, no dia 21 de
setembro, em Paris, para responder pela acusação.
Nelsinho teve vários problemas de
relacionamento e trocas de farpas via imprensa com Flavio Briatore,
chefe da Renault, enquanto esteve na escuderia.