"Na América, não se constrói o
caminho da paz armado até os dentes", disse a ex-refém, libertada no
início de 2008 após seis anos de cativeiro. "A OEA tem que
questionar todos esses acordos de cooperação que dominaram o
noticiário nos últimos dias, sobretudo os entre Venezuela e Rússia e
Brasil e França", acrescentou.
O Brasil anunciou a compra de cinco
submarinos e 50 helicópteros franceses, além dos 36 caças que ainda
estão em licitação.
A Venezuela, por sua vez, informou
ter obtido da Rússia um crédito de US$ 2,2 bilhões para compra de
armamento --92 tanques e diversos sistemas antiaéreos. Os
venezuelanos já compraram dos russos 24 caças Sukhoi-30, 50
helicópteros de combate e 100 mil fuzis de assalto kalashnikov.
O secretário-geral da OEA, José
Miguel Insulza, disse que as conversas na Unasul (União das Nações
Sul-Americanas), que se reuniu semana passada sem permitir qualquer
progresso importante sobre os temas militares de preocupação na
região, precisam continuar.
"Espero que prossigam as conversas
sobre uma maior transparência e uma limitação em matéria de
armamento, coerentes com a situação de paz em que se encontram a
maior parte dos países da região", declarou Insulza.