"Os Estados Unidos estariam errados
em tomar como certo a posição do dólar como moeda de reserva
predominante do mundo", disse Zoellick à Escola Paul H. Nitze de
Estudos Internacionais Avançados, da Universidade Johns Hopkins. Em
seu comentário mais forte, Zoellick afirmou que, "olhando adiante,
haverá cada vez mais opções ao dólar".
A China e a Rússia têm liderado os
pedidos por uma moeda de reserva alternativa ao dólar, enxergando os
EUA como a causa da crise. Os países também estão preocupados com os
elevados níveis de dívida dos EUA, que tornam o sistema monetário
global ainda mais vulnerável.
Zoellick disse ainda que o futuro do
dólar estará ligado à capacidade dos EUA de reduzir a carga de
dívida sem provocar inflação, ao mesmo tempo que um sistema
financeiro e um setor privado saudáveis sejam restabelecidos. Embora
a União Europeia enfrente desafios semelhantes, Zoellick vê o euro
como "uma alternativa respeitável se o dólar estiver fraco". O yuan,
embora controlado de forma apertada, também pode se tornar uma força
nos próximos 10 a 20 anos, disse ele.
No entanto, o presidente do Banco
Mundial afirmou que a economia global pode se beneficiar de pontos
múltiplos de crescimento. Ele reiterou o pedido por um modelo
econômico de "globalização responsável" que seja mais equilibrado,
justo e favorável ao meio ambiente.
O pacto do G-20 (grupo que reúne as
20 maiores economias do mundo), de reequilibrar o crescimento, é um
passo na direção certa, afirmou Zoellick. "Mas vai exigir um novo
nível de cooperação e coordenação internacional, incluindo uma nova
disposição de levar a sério as descobertas do monitoramento global."
Zoellick também saudou a decisão do G-20 de substituir o G-8 como
principal fórum econômico internacional, afirmando que ele deve agir
como "grupo de direção" para unir uma rede de países e instituições
internacionais. As informações são da Dow Jones.