"Determino que a prorrogação por um
ano destas medidas referentes a Cuba convém aos interesses nacionais
dos Estados Unidos", disse Obama em um memorando enviado aos
secretários de Estado, Hillary Clinton, e do Tesouro, Timothy
Geithner.
A lei, conhecida oficialmente como
Regulações de Controle dos Bens Cubanos, foi criada em 1963 como
embargo à ilha caribenha.
A Coreia do Norte também era afetada
pela lei até junho de 2008, quando o então presidente dos EUA George
W. Bush retirou o regime comunista da lista em troca do
comprometimento de Pyongyang com avanço nas negociações por sua
desnuclearização.
Medidas
O governo Obama anunciou recentemente
duas medidas para ampliar as relações bilaterais e reduzir o embargo
americano à Cuba.
Em agosto, o presidente avisou que
prorrogará a suspensão da aplicação da Lei Helms-Burton que
estabeleceu, em 1996, duras sanções contra a ilha.
A chamada "lei de liberdade e
solidariedade democrática para Cuba" e conhecida como Lei
Helms-Burton --pelo nome dos legisladores que a criaram-- consolidou
leis e decretos anteriores sobre o embargo unilateral dos EUA contra
Cuba. Ela também proíbe que oficiais americanos restaurem totais
relações diplomáticas com Cuba enquanto Fidel ou Raul Castro
governarem a ilha.
Já no começo do mês, o Departamento
do Tesouro americano anunciou uma suavização de seu regime de
sanções contra Cuba, levantando restrições a viagens e a
transferências de dinheiro de cidadãos de origem cubana que vivem
nos EUA para a ilha comunista.
As novas regras permitem também que
cubano-americanos enviem quantidades ilimitadas de dinheiro para
familiares em Cuba, e permitem que os bancos americanos criem
mecanismos de intercâmbio com instituições financeiras cubanas.
Até agora, os cubano-americanos eram
autorizado a viajar para a ilha apenas uma vez por ano e podiam
enviar apenas US$ 1.200 para ajudar parentes em Cuba.
As regras colocam em prática as
medidas anunciadas em abril passado por Obama para aliviar as
restrições em relação a Cuba, país sob embargo comercial americano
desde 1962, quando o governo dos EUA reagiu à nacionalização de
negócios americanos e à guinada do país para o comunismo.
Mas o presidente americano já afirmou
que o embargo americano não será suspenso até que Cuba aprove
reformas democráticas e econômicas, como libertar os presos
políticos e permitir a liberdade de expressão. Vários parlamentares
americanos propuseram medidas intermediárias, como acabar com a
proibição de viagens a Cuba para todos os americanos.