O texto, em sua redação definitiva,
foi aprovado pela maioria dos senadores conservadores e centristas,
enquanto enfrentou a rejeição da oposição de esquerda e de
defensores do ambiente.
Amanhã, o projeto passará por votação
entre os deputados e a expectativa é a de que deva ser aprovado.
O projeto de lei de luta contra a
pirataria passou por uma maratona parlamentar e judicial, depois que
o Conselho Constitucional obrigou a revisão de uma primeira lei
adotada pela maioria conservadora em ambas as Casas.
O órgão considerou que o texto
inicial não estava de acordo com a Carta Magna --em particular
quando apontava que a decisão de cortar o acesso à internet poderia
ser ditado por uma instância administrativa e não por um juiz.
Em sua segunda forma, aprovada hoje
pelos senadores, são os magistrados os responsáveis por opinar sobre
o bloqueio de uma determinada conexão em caso de download de
arquivos de forma ilegal.
Os internautas poderão ser privados
de acesso à internet durante quase dois anos, período em que
continuarão pagando suas taxas.
Os socialistas, que já levaram o
primeiro texto perante o Conselho Constitucional, anunciaram que
voltariam a reivindicar a inconstitucionalidade do novo projeto.