Apesar de serem admirados como
animais dóceis, os golfinhos são vistos pelos pescadores de uma
forma diferente. Para eles, estes cetáceos são apenas uma fonte de
carne barata e pragas a serem exterminadas, segundo o jornal
britânico. Os caçadores, em dezenas de barcos, encurralam os animais
em uma pequena enseada para matá-los a golpes repetidos com longos
arpões e facões. A angra de 4,6 m² se ruboriza, como se repleta
apenas de sangue.
No curso da temporada de seis meses,
os pescadores matam quase 2 mil golfinhos e vendem a carne para
supermercados locais a cerca de US$ 500. Os pescadores complementam
sua renda capturando cerca de cem golfinhos vivos e vendendo cada um
por dezenas de milhares de dólares para aquários no Japão, China,
Coreia do Sul, Irã e Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
O acontecimento não é bem visto pela
mídia internacional e por grupos ambientais que se arriscam na
região para protestar contra o massacre. No ano passado, o
documentário "The Cove", um vencedor do Festival de Sundance que
estreou nos Estados Unidos no início deste mês, reabriu antigas
feridas.
O filme acompanha uma equipe
internacional de fotógrafos, mergulhadores e ativistas em sua missão
de documentar a caça a golfinhos, enfrentando a oposição de
autoridades municipais, policiais e pescadores de Taiji.