Nascido em 1950 na Itália, ele é sem
dúvida o único chefe de equipe a dizer que não gosta de Fórmula 1:
"Não gosto de F1", declarou certa vez. "Gosto do trabalho que faço.
Gosto do produto que fabrico. Gosto das pessoas com quem trabalho".
Alguns, nos bastidores da F1,
questionam seu "amor" pelas pessoas, mas é verdade que tem talento
para descobrir os melhores: agente de Nelson Piquet Jr. (antes de
sua recente briga) e de Fernando Alonso, foi também o primeiro a
identificar Michael Schumacher, desde seu primeiro Grande Prêmio e a
contratá-lo para levá-lo à Benetton, que dirigia na época.
Empresário riquíssimo - as festas que
ele organiza todo verão em sua danceteria Le Billionnaire estão
entre as mais concorridas da península -, tem três títulos de
campeão do mundo de construtores como chefe de equipe: 1995 com
Benetton, em 2005 e 2006 com Renault.
A vida profissional Briatore iniciou
no império do prêt-à-porter de Luciano Benetton. E foi Benetton,
depois de ter comprado uma escuderia de F1 em 1989, quem lançou
Briatore no mundo da corrida automobilística, dando a ele a direção
da nova equipe.
Ele não conhecia nada de Fórmula 1 ao
chegar aos circuitos, mas muito eficaz, ele conseguiu formar uma
ótima equipe, competitiva, e atrair rapidamente a atenção de todos.
Diretor da Benetton, Flavio Briatore
começou então a ampliar sua influência, a tal ponto que começaram a
dizer que ele seria o sucessor de Bernie Ecclestone à frente do
império F1.
Assim que a aventura Benetton
terminou, Briatore continuou seu caminho na F1 pela Renault,
assumindo a escuderia francesa em 2002.
Nos últimos anos, o poderoso chefe de
equipe, cuja lista de conquistas femininas parece um desfile de
moda, acabou irritando muita gente. Transportando-se por helicóptero
ou jatinho particular, ou ancorando seu iate no porto de Mônaco, ele
tinha costume de deixar os circuitos antes mesmo do fim das
corridas, sem saber o resultado.
Ele não se preocupava em ser
diplomático: quando os Brawn GP monopolizaram as vitórias no início
da temporada, ele questionou o valor de seus pilotos, com palavras
pouco delicadas. "É um piloto que estava quase aposentado e um
outro, grande garoto, mas lento como um poste, que disputavam o
campeonato", disse à imprensa italiana sobre Rubens Barrichello e
Jenson Button.
Estas críticas, e muitas outras, lhe
valeram a hostilidade de Max Mosley, o poderoso presidente da FIA.
Briatore caiu por ter tentado roubar, mas também porque ele perdeu
seu braço de ferro com o clã Piquet, e porque alguns de seus
inimigos tinham provavelmente interesse em organizar "vazamentos"
sobre o caso de Cingapura para colocá-lo em dificuldades.