O presidente de facto, Roberto
Micheletti, afirmou em entrevista coletiva que sua administração
dispõe de "provas de que Zelaya não está em Honduras". Segundo ele,
um jornalista local está fazendo "terrorismo midiático para provocar
nossa população". Já a ministra de Relações Exteriores hondurenha,
Patricia Rodas, afirmou à venezuelana "Telesur" que Zelaya "está em
território nacional, logo após entrar pelas montanhas em Honduras".
A televisão estatal da Venezuela já havia afirmado que Zelaya voltou
ao país e que estaria em um escritório da ONU na capital hondurenha.
Zelaya foi deposto em um golpe
militar em 28 de junho. Ele tentava aprovar um referendo para
alterar a Constituição do país. Os oposicionistas afirmam que Zelaya
buscava na verdade realizar alterações inconstitucionais, a fim de
permanecer no poder.
Micheletti havia dito anteriormente
que Zelaya não poderia voltar ao país, ou seria processado. O
governo interino não obteve, porém, reconhecimento internacional. O
presidente da Costa Rica, Oscar Arias, tentava mediar uma solução
entre as partes.
Chávez afirmou que trata-se de um
"ato heroico" de Zelaya. "Ele já está em Tegucigalpa, e o povo
venezuelano se coloca de pé diante de ti", afirmou. Segundo o líder
venezuelano, "agora os golpistas deverão entregar o poder a Zelaya".
Uma multidão se reuniu em frente ao escritório da ONU em
Tegucigalpa, aguardando o líder. Com informações da Dow Jones.