A promessa vai de encontro ao desafio
ressaltado na cúpula por Obama, que alertou sobre o risco de uma
"catástrofe" se grupos extremistas conseguirem material nuclear para
construir uma bomba atômica. Os governantes dos países ressaltaram
medidas que serão adotadas para combater o tráfico de materiais
nucleares.
Entre essas medidas, está o
compartilhamento de informações e da experiência em detectar,
investigar e cumprir a lei quando necessário. Os líderes também
disseram reconhecer "a necessidade de cooperação entre os Estados
para, efetivamente, prevenir e responder aos incidentes do tráfico
nuclear ilícito".
Eles também afirmaram que o braço da
Organização das Nações Unidas (ONU) para monitorar o uso da energia
nuclear no mundo, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA),
permanece a principal estrutura para combater a proliferação
nuclear, com um "papel principal" nessa tarefa. Os participantes da
cúpula se comprometeram a "garantir que a AIEA continue a ter
estrutura, reservas e experiência apropriadas".
Ao mesmo tempo, os participantes do
encontro disseram que o aumento na segurança não deve "infringir os
direitos dos países em desenvolver e utilizar a energia nuclear para
objetivos pacíficos".
EUA x Rússia
Os Estados Unidos e a Rússia
assinaram um acordo para eliminar a enorme quantidade de material
nuclear que poderia ser usada para abastecer cerca de 17 mil armas
atômicas. A secretária de Estado, Hillary Clinton, e o ministro de
Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, selaram o acordo nesta
terça-feira, à margem do encontro nuclear em Washington.
Pelo acordo, os dois países se
comprometeram a destruir 68 toneladas métricas de plutônio a partir
de 2018. A destruição será inspecionada e monitorada por
especialistas e tem como objetivo assegurar que os estoques nunca
serão usados para a fabricação de armas ou outros propósitos
militares.