Os féretros fechados de Kaczynski e
de sua esposa estão colocados sobre catafalcos pretos, cobertos com
a bandeira da Polônia e com coroas de flores brancas, em frente a um
corredor com tapete vermelho pelo qual os cidadãos podem circular
para render honras ao casal presidencial.
Uma escolta militar de oito homens,
quatro soldados por féretro, vela pelos falecidos.
Os primeiros a se despedirem do casal
foram a filha deles, Marta, e o irmão gêmeo do presidente, Jaroslaw
Kaczynski.
O bispo de Varsóvia Kazimierz Nycz
comandou uma breve cerimônia religiosa para os familiares e as
pessoas mais próximas ao casal.
Pouco depois prestou homenagem aos
mortos o primeiro-ministro, Donald Tusk, acompanhado pelos membros
de seu gabinete ministerial.
O velório foi aberto poucas horas
depois da chegada a Varsóvia em um avião militar dos restos mortais
de Maria Kaczynski que, após uma breve cerimônia militar e
religiosa, foram transferidos em uma caravana até o Palácio
Presidencial.
O carro fúnebre de Maria Kaczynski,
cujo corpo só foi identificado pela aliança matrimonial, realizou o
mesmo percurso que o de seu marido.
Milhares de poloneses foram às ruas
para homenagear a primeira-dama, que gozava de grande estima entre a
população por sua defesa aos direitos da mulher.
"Queremos que todo polonês que deseje
apresentar seus cumprimentos possa fazê-lo", disse Jacek Sasin,
porta-voz da Presidência.
Segundo o porta-voz presidencial, o
sepultamento de Lech Kaczynski e de sua esposa, ocorrerá no domingo,
um dia depois da realização da homenagem oficial a todas as vítimas
do acidente aéreo de Smolensk (Rússia).
Sasin especificou que, embora o
funeral coletivo esteja previsto para o sábado, "a data definitiva
dependerá de quando sejam repatriados todos os corpos".
A catástrofe ocorreu neste sábado,
quando o avião presidencial caiu na manobra de aterrissagem no
aeroporto russo de Smolensk.
Na aeronave, estava a comitiva
presidencial que iria participar da cerimônia em lembrança dos 20
mil oficiais e soldados poloneses assassinados pelos serviços
secretos de Stalin, em Katyn (Rússia), há 70 anos.