O governo francês programou para a
amanhã o primeiro voo fretado que deportará ciganos que viviam em
acampamentos ilegais de volta para Romênia e a Bulgária. "Quero
expressar minha preocupação pelo risco de uma reação populista e com
a geração de reações xenófobas, com uma crise econômica como pano de
fundo", disse Baconschi, à rádio RFI.
Em resposta, o ministro das Relações
Exteriores da França, Brice Hortefeux, disse que Paris e Bucareste
estão colaborando estreitamente na questão. Na semana passada, o
braço da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o racismo
expressou seu temor com as operações francesas contra os ciganos
romenos e búlgaros.
A ONU também se diz preocupada com
outra das propostas do presidente francês Nicolas Sarkozy, de
revogar a cidadania francesa de pessoas de origem estrangeira que
coloquem em risco a vida dos policiais.
Cristian Boti, um cigano romeno de 24
anos de idade e pai de dois filhos, vive na França desde 2003,
passando de um acampamento a outro enquanto ganha a vida recolhendo
lixo e sucata. Boti diz que existe muito menos discriminação contra
os ciganos na França do que na Romênia. "Se me mandam de volta para
Romênia, volto para cá", afirmou, ante a possibilidade de ser
deportado.