"O SNA tenta contato com o setor de
recursos humanos da companhia aérea há dois meses, sem sucesso, para
discutir essas reivindicações da categoria", diz a entidade.
Procurada, a Gol afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que
não há nenhum indicativo de que a greve vá se consumar, uma vez que
a empresa não recebeu nenhum documento formalizando a manifestação.
Com a greve, os funcionários também
querem protestar contra a "lenta fiscalização" do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
"As multas aplicadas por MTE e Anac são tão baixas que acabam se
tornando um incentivo ao desrespeito à legislação trabalhista e à
regulamentação profissional", opinou a presidente da entidade, Selma
Balbino, em nota publicada no site do SNA.
Desde sexta-feira, os voos da empresa
vêm sofrendo cancelamentos e atrasos além do normal por conta do
intenso tráfego aéreo causado pelo fim das férias escolares e pelo
excesso de horas trabalhadas pelos tripulantes. Na tarde de hoje,
operações da companhia continuam com atrasos. Segundo boletim da
Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), 36,3%
das 490 partidas domésticas estavam fora do horário até as 15 horas.
Outros 40 voos (8,2%) foram cancelados.
Em todo o País, 257 (18,8%) dos 1.364
voos sofreram atrasos, enquanto 57 (4,2%) foram cancelados. No
Aeroporto de Guarulhos (Cumbica), na Grande São Paulo, 23 (19,5%)
das 118 operações saíram com atraso de pelo menos meia hora. Apenas
três (2,5%) foram canceladas. No Aeroporto de Congonhas, na zona sul
da capital paulista, o total de partidas atrasadas foi menor - 19
(13,9%) das 137 atrasaram - mas o número de cancelamentos é superior
ao de Guarulhos - 15 voos foram cancelados, o equivalente a 10,9%.