Segundo o ministério, as condições em
que se encontram os mineiros são similares às que vivem os
marinheiros que passam muitos meses em submarinos e os astronautas
em estações espaciais, que precisam ingerir durante um longo período
de tempo alimentos especialmente projetados para esse tipo de caso.
O ministério já conta com um
protocolo de cinco fases para a hidratação dos trabalhadores, que
incluem provas para avaliar a tolerância oral a líquidos, e o volume
e duração de cada dose.
No local já há equipe especializada e
materiais para o auxílio aos homens, como nutrientes líquidos, soro
glicosado, omeprazol, paracetamol, soluções hidratantes orais e
complementos nutricionais balanceados, entre outros.
O documento também considera o apoio
psicológico, começando por diagnosticar a situação geral e
individual de cada um, e passa para a definição de requerimentos
terapêuticos específicos se for necessário, além de identificação,
apoio ao líder natural do grupo e diálogo e contato com os
familiares.
TELEFONE
Um telefone de fio será instalado por
um segundo duto de contato para manter um contato contínuo com os
homens debaixo da terra.
No domingo, após a equipe de sondagem
e busca receber um bilhete dos mineiros confirmando que todos estão
vivos, foi instalada uma câmera de áudio e vídeo. Porém, um ruído de
uma corrente de água impediu o diálogo.
As autoridades chilenas anunciaram
que, em algumas horas, será encaminhada a primeira leva de água aos
trabalhadores. Contudo, de acordo com a equipe de resgate, os
procedimentos para a retirada dos homens do local demorariam cerca
de quatro meses.
Os 33 homens encontram-se a 700
metros de profundidade desde o dia 5 deste mês, quando um
desmoronamento bloqueou o caminho que leva à mina localizada em
Copiapó. Os trabalhos com as máquinas de sondagem começaram logo
após o acidente e o presidente Sebastián Piñera chegou a pedir ajuda
a países com experiência na área de mineração, como Peru, Estados
Unidos, Canadá e Austrália.