De Vido também disse que o governo
"vai regular as exportações de combustível, se necessário, para
assegurar que o mercado local esteja adequadamente abastecido". Ele
afirmou ainda que vai exprimir essa insatisfação junto a
funcionários da Embaixada do Brasil, porque a Petrobras estaria
agindo "sem ética".
Ontem, a YPF, subsidiária argentina
da espanhola Repsol YPF, havia anunciado que importará 50 milhões de
litros de gasolina dos EUA na próxima semana, para compensar a
escassez de oferta no mercado local. "Nossas refinarias estão
operando a 100% da capacidade", disse um funcionário da YPF. Segundo
ele, as refinarias da Petrobras na Argentina estão operando 24%
abaixo de sua capacidade. "Houve uma decisão clara de desinvestir em
venda de combustíveis na Argentina", acrescentou.
Porta-vozes da Shell e da Petrobras
não responderam a pedidos para que comentassem as acusações.
Em 2005, quando controles
governamentais informais mantinham o preço da gasolina
artificialmente baixo na Argentina, a Shell elevou seus preços,
levando o então presidente Nestor Kirchner a conclamar os argentinos
a boicotarem os produtos da empresa. Kirchner chegou a ameaçar
prender o presidente da Shell. As informações são da Dow Jones.