Ao menos
18 pessoas morreram e outras 55 ficaram feridas no acidente com um
trem de passageiros em Bruxelas nesta manhã. O trem não parou num
sinal e colidiu de frente com outro num subúrbio da cidade. O
impacto abriu a parte da frente de um vagão e tirou pelo menos um
outro dos trilhos, provocando amputações e outros ferimentos graves,
disseram testemunhas e autoridades locais. Os serviços ferroviários
no oeste europeu ficaram prejudicados.
Este foi o pior acidente ferroviário
da Bélgica desde 1954, quando um acidente perto de Leuven matou 20
torcedores de futebol alemães. Em 28 de março de 2001, oito pessoas
morreram quando um trem lotado se chocou contra uma composição vazia
que passava pelos trilhos errados.
O centro de gerenciamento de crises
de Flandres disse em comunicado, divulgado pelos meios de
comunicação belgas, que pelos menos 18 pessoas morreram e que 30
sobreviventes continuam hospitalizados, muitos em estado grave.
Lodewijk De Witte, governador da província de Flemish Brabant, disse
aos jornalistas que um dos trens "aparentemente não prestou atenção
ao sinal vermelho". A colisão aconteceu sob neve fraca, nas
proximidades da estação de Buizingen, por volta das 8h30 (horário
local). A força da colisão fez com que a frente de um trem entrasse
no primeiro vagão do outro. Os trens subiram, atingiram as linhas de
eletricidade e interromperam a transmissão de energia.
"Foi um pesadelo"
- O porta-voz do Serviço Ferroviário Belga, Jochen Goovaerts, disse
que a agência espera o resultado das investigações antes de discutir
a causa do acidente. "Foi um pesadelo", disse Christian Wampach, de
47 anos, à Associated Press, depois que as equipes de socorro
fizeram um curativo em sua cabeça no interior de um complexo
esportivo, para onde os feridos com menos gravidade foram levados.
As pessoas com ferimentos graves foram levadas para hospitais em
Bruxelas e nas proximidades. A Cruz Vermelha fez um apelo para que
as pessoas doem sangue.
"Fomos sacudidos por cerca de 15
minutos. Havia várias pessoas feridas no meu vagão, mas eu acho que
os mortos estavam no primeiro vagão", disse Wampach, que estava no
terceiro vagão do trem que ia em direção a Bruxelas. "Quando
chegamos, vimos corpos deitados perto dos trilhos, alguns
mutilados", disse Patricia Lallemand, de 40 anos, que estava no
mesmo vagão que Wampach e não sofreu ferimentos. As informações são
da Associated Press.