"Eu ganhei o álbum do ano? Meu
Deus!", disse, estupefata, já com seu gramofone na mão. "Nós vamos
levar esse prêmio para Nashville! Vou contar essa história aos meus
netos", brincou.
Swift, que fez 20 anos em dezembro,
levou para casa quatro dos oito prêmios aos quais fora indicada. Ela
nunca havia recebido um Grammy. Seu segundo álbum. "Fearless", foi o
lançamento mais popular nos EUA em 2009, com vendas acumuladas de
5,4 milhões de cópias até agora no país.
O domínio da moça dos cachinhos
loiros nesse prêmio já era esperado, mas acabou ofuscado por Beyonce,
que bateu o recorde de Grammys para uma mulher em uma só edição -
seis, inclusive o de melhor canção.
Ao vencer o prêmio de disco do ano,
Swift quebrou o recorde que havia sido estabelecido por Alanis
Morisette aos 21 anos, em 1996, com o seu "Jagged Little Pill", um
álbum com conteúdo decididamente mais adulto.
Swift também foi a primeira artista
country a receber o prêmio, e a primeira artista pop feminina desde
Celine Dion em 1997, por "Falling Into You". Ela recebeu também os
prêmios de melhor álbum country e de melhor desempenho vocal
feminino e melhor canção country (ambos por "White Horse").
A cantora disse que, apesar do seu
sucesso na música pop, o country ainda é a sua maior paixão. "A
música country vai absolutamente ser a minha casa, por causa das
histórias contadas dentro da música country."
Logo após a premiação, Swift
embarcaria para a Austrália, onde fará um show com ingressos já
esgotados. Uma assessora disse que seu disco já recebeu discos de
ouro ou platina em 16 mercados internacionais.
Beyonce recebeu como compositora o
prêmio para "Single Ladies (Put a Ring On It)", "hino" que lhe
rendeu também o Grammy de melhor performance vocal feminina e melhor
canção de R&B.
Seu disco "I Am.... Sasha Fierce"
ficou com o prêmio de melhor álbum de R&B, seu "cover" de "At Last"
foi eleito melhor performance vocal de R&B tradicional, e "Halo" foi
escolhida melhor performance vocal feminina pop.
"Muito obrigada! Esta tem sido uma
noite maravilhosa para mim e eu estou adorando agradecer pelos
Grammys", brincou Beyoncé, ao receber o gramofone dourado pelo
prêmio de melhor performance vocal feminina.
O grupo de rock Kings of Leon
surpreendeu ao derrotar adversários como Black eyed Peas, Lady Gaga
e as onipresentes Taylor e Beyoncé na categoria gravação do ano. A
música "Use somebody" também foi eleita a melhor canção de rock.
A cerimônia também teve o seu momento
Michael Jackson, quando Lionel Richie, que convocou um time de
cantores para fazer um 'dueto' virtual com o Rei do Pop, morto em
junho de 2009. Celine Dion, Jennifer Hudosn, Smokey Robinson, Carrie
Underwood e Usher se uniram para cantar "Earth song", acompanhando a
voz de Michael, enquanto um telão de dimensões amazônicas mostrava
imagens em 3D de florestas, animais e oceanos.
Em seguida, seus filhos Paris e
Prince Michael receberam, em seu nome, um prêmio de realização
profissional. Prince foi o primeiro a falar: "Meu pai estava sempre
preocupado com o planeta e a humanidade. A mensagem dele era
simples: amor sobre todas as coisas. vamos continuar a seguir sua
causa", pediu. A mensagem de Paris foi mais curta e sentida: "Papai
deveria estar aqui, ele cantaria aqui este ano, mas não pode cantar.
Obrigado papai, nós te amamos", disse.
O Haiti também foi lembrado na
cerimônia. O rapper e produtor haitiano Wyclef Jean, do Fugees,
agradeceu o apoio dado ao povo de seu país após o terremoto que o
devastou. "Vim para cá (EUA) em 1996 com uma bandeira do Haiti nas
costas. Agora ela está de volta. Infelizmente, com uma tragédia",
lamentou, antes de pedir atenção para a performance de Mary J. Blige
e Andrea Bocelli. Eles cantaram "Bridge over troubled water", de
Simon e Garfunkel, com arranjo de David Foster. E emocionaram a
plateia.