O desejo de fazer em 2010 o melhor
ano de governo e a saída de ministros para concorrerem nas eleições
de outubro são algumas das razões pelas quais o presidente avisou
que vai apertar o passo.
Na agenda do presidente desta semana,
sujeita a mudanças, já estão incluídas três viagens --a São Paulo,
ao Rio de Janeiro e ao Rio Grande do Sul.
"Se o governo que está no fim do
mandato começa a afrouxar na agenda, começa a deixar as coisas
acontecerem, ou seja, dá a impressão que o governo acabou. Mas falta
um ano de governo. Então, eu sou carro-chefe, eu tenho que trabalhar
mesmo", declarou o presidente, no programa de rádio nesta
segunda-feira.
De acordo com Lula, a agenda cheia de
compromissos e o circuito de viagens são necessários a um chefe de
Estado: "um presidente da República não pode ficar em Brasília, tem
que viajar o Brasil mesmo e percorrer o Brasil, visitar as obras,
inaugurar, dar as ordens de serviço. É esse meu papel."
Na semana passada, Lula chegou a ser
internado num hospital do Recife após uma crise de hipertensão que
levou sua pressão arterial a 18 por 12, quando o normal do
presidente, segundo fonte, é 13 por 11.
Após deixar o hospital, onde ficou
somente algumas horas, Lula foi para seu apartamento em São Bernardo
do Campo descansar e, no sábado, passou por um check-up médico no
Instituto do Coração, em São Paulo.
Segundo o médico pessoal de Lula, o
cardiologista Roberto Kalil, o presidente está com "saúde perfeita".
Ele, no entanto, recomendou a Lula períodos maiores de descanso e
mais exercícios físicos.