O protesto, organizado pelo Movimento
Internacional contra o Homossexualismo em Uganda, reuniu entre 25
mil e 30 mil pessoas a cerca de 75 quilômetros de Campala. Na
capital do país, no entanto, a Polícia proibiu uma passeata
convocada com o mesmo propósito.
O pastor da Igreja Pentecostal Martin
Sempa liderou a manifestação, que foi pacífica e na qual os
participantes carregavam cartazes com frases como "Não à sodomia,
sim à família" ou "Dizemos não aos homossexuais, o homossexualismo
deve ser abolido".
Sempa, líder do movimento contra os
gays em Uganda, disse à multidão presente no protesto que tinha
recebido uma mensagem da Polícia para que adiasse a manifestação em
Campala.
Entretanto, ele afirmou que hoje
mesmo se reuniria com altos funcionários da área de segurança para
realizar a manifestação amanhã.
O Governo de Campala teme
manifestações grandes na cidade devido aos distúrbios ocorridos em
ocasiões anteriores.
Kale Kayihura, inspetor geral da
Polícia ugandense, afirmou aos jornalistas que "o adiamento da
manifestação foi solicitado porque o Governo tem alguns assuntos a
especificar sobre o projeto de lei".
O projeto de lei contra os
homossexuais foi apresentado há meses no Parlamento ugandense pelo
deputado do partido governista David Bahati, que em princípio obteve
o apoio do Governo e da maioria parlamentar.
Entre outras medidas, o texto propõe
a pena de morte para pessoas consideradas culpadas de violação
homossexual ou de "homossexualismo com menores". A lei também agrava
as penas para qualquer prática homossexual, que já é ilegal em
Uganda.
Organizações de defesa dos direitos
Humanos e alguns Governos ocidentais, entre eles os dos Estados
Unidos, do Reino Unido e do Canadá, condenaram a iniciativa e
ameaçaram impor sanções a Uganda caso o projeto seja aprovado.