A companhia assinou na véspera um
memorando de entendimento para negociações exclusivas por 180 dias
para a formação da joint-venture que vai unir os negócios da Cosan
de açúcar e etanol, incluindo co-geração de energia, com ativos de
distribuição e comercialização de combustíveis da Shell no Brasil,
além da participação da petrolífera em empresas de pesquisa e
desenvolvimento a partir da biomassa.
O valor dos ativos a serem
transferidos pela Cosan à associação soma 4,925 bilhões de dólares.
A companhia ainda vai migrar dívidas líquidas de cerca de 2,524
bilhões de dólares.
Enquanto isso, a Shell vai fazer em
até dois anos aporte em dinheiro na joint-venture de cerca de 1,625
bilhão de dólares e valor "contingente" estimado em 300 milhões de
dólares ao longo de cinco anos, "a título de contribuição adicional
baseada em ganhos futuros da estrutura conjugada".
Segundo a Cosan, maior empresa de
açúcar e álcool do país, a associação será "possivelmente"
implementada por meio da criação de duas companhias. Uma ficaria a
cargo de açúcar, etanol e co-geração de energia. A outra ficaria com
os ativos de distribuição de combustíveis, que será a terceira maior
do setor do país, com 4.500 postos de combustíveis no Brasil.
A Cosan vai dar mais esclarecimentos
sobre a operação proposta ainda nesta segunda-feira.
A companhia vai deixar de fora da
associação suas atividades com produção e venda de lubrificantes,
atividades logísticas da Rumo Logística, propriedades agrícolas e
marcas de alimentos, como "Da Barra" e "União".