O mais famoso e trágico encontro do
terrorismo com o esporte ocorreu durante a Olimpíada de Munique, na
Alemanha, em 1972. O grupo terrorista palestino Setembro Negro
invadiu o alojamento da delegação israelense e tomou atletas e
treinadores como reféns. A ação da polícia alemã foi um desastre e
onze israelenses foram mortos. A história foi contada no cinema por
Steven Spielberg, no filme Munique.
O Grand National, principal evento do
turfe no Reino Unido, teve de ser cancelado em 1997 devido a ameaças
de bombas do IRA, o Exército Republicano Irlandês. Mais de 60 mil
pessoas tiveram de ser evacuadas pouco antes da largada.
Na Olimpíada de Atlanta, em 1996,
Eric Rudolph, um ex-perito em explosivos do exército americano,
plantou três bombas debaixo de um banco numa praça que abrigava um
evento cultural. Duas pessoas foram mortas e 120 ficaram feridas.
Em 2002, um atentado a bomba em
frente ao hotel em que a equipe neozelandesa de críquete estava
hospedada em Karachi, no Paquistão, matou 14 pessoas – dentre elas o
fisioterapeuta do time.
Também em 2002, um carro-bomba
explodiu perto do estádio do Real Madrid, o Santiago Bernabeu, horas
antes de uma partida entre o time merengue e o Barcelona. O objetivo
do grupo separatista basco, o ETA, era atingir o ônibus do Real
Madrid. Mas não houve feridos.
Uma onda de ataques na província
chinesa de Xinjiang, uma semana antes da Olimpíada de Pequim, causou
um clima de medo e apreensão entre atletas e espectadores do evento.
Felizmente, o esquema de segurança funcionou bem e nenhum ato
terrorista foi registrado.
Em 2008, um homem-bomba causou a
morte de 12 pessoas pouco antes de uma maratona no Sri Lanka. Um
ministro e um famoso ex-corredor local estavam entre os mortos.
A ameaça de ataques da Al-Qaeda no
deserto da Mauritânia fez com que a organização do Rally Dakar
cancelasse o evento no ano passado, transferindo-o para o continente
que menos sofre com o terrorismo no mundo, a América do Sul.
Em março do ano passado, o ônibus que
levava a seleção de críquete de Sri Lanka para um jogo contra o
Paquistão em Lahore foi metralhado por um grupo fundamentalista
islâmico. Na ação, cinco policiais e dois civis foram mortos. Seis
integrantes da delegação cingalesa foram feridos.
Mas o esporte também já foi muito
útil para pregar a paz. Em 1969, a guerra civil do Congo foi
interrompida pelos dois grupos rivais para que o povo pudesse
assistir a uma exibição do Santos de Pelé em Kinshasa.