Os deputados distritais governistas
também serão maioria na Comissão de Constituição e Justiça,
colegiado que julgará a constitucionalidade dos pedidos de
impeachment e dos processos disciplinares contra 10 parlamentares.
Eles são citados no inquérito da
operação Caixa de Pandora, como supostos beneficiários do esquema de
recebimento de propina. O inquérito aponta Arruda como o chefe do
esquema.
Durante quase toda a manhã de hoje,
os 24 deputados distritais discutiram a formação dos colegiados.
Esta tarde serão eleitos os presidentes e relatores dessas
comissões.
Para a CPI da Corrupção foram
escalados os deputados Batista das Cooperativas (PRP); Alírio Neto
(PPS), Raimundo Ribeiro (PSDB), Eliana Pedrosa (DEM) e Paulo Thadeu
(PT).
A Comissão especial será conduzida
por Chico Leite (PT), Cristiano Araújo (PTB), Alírio Neto (PPS),
Batista das Cooperativas (PRP) e Geraldo Naves (DEM). A CCJ será
formada por Batista das Cooperativas (PRP), Doutor Charles (PTB),
Eurides Brito (PMDB), Geraldo Naves (DEM) e Chico Leite (PT).
Alguns deputados como José Antonio
Reguffe (PDT) e Jaqueline Roriz (PMN) não puderam participar das
comissões, porque não fazem parte de nenhum bloco partidário.
Na avaliação de Reguffe, como os
aliados de Arruda são maioria nas comissões, é pouco provável que o
esquema de corrupção envolvendo o governo local seja investigado
pelo Legislativo. "A solução vai passar pelo Judiciário. Não vai
partir da Câmara onde a maioria é governista", disse Reguffe.
Ele informou que, durante a reunião
geral nesta manhã, foi pedido ao deputado Leonardo Prudente para que
deixe a presidência da Casa, uma vez que ele também é alvo de
investigação. O pedido foi feito pelos quatro deputados do PT e
Reguffe, que formam o bloco oposicionista.
Prudente, no entanto, insiste em
permanecer no cargo. "É um deboche com a população o Prudente
continuar na presidência. Em nenhum país sério um investigado conduz
sua própria investigação.