Os homens adicionais --que serão
destacados a partir de 1º de agosto-- serão distribuídos por quatro
estados. Um total de 524 serão destinados ao Arizona, outros 250
serão enviados para o Texas, 224 irão para a Califórnia e outros 72
para o Estado do Novo México. Mais 130 homens se dedicarão a
trabalhos de comando e controle.
A mobilização das tropas adicionais
já havia sido anunciada pelo governo de Obama em maio, depois de
pedidos das autoridades dos estados fronteiriços com o México e do
aumento da violência do narcotráfico no país vizinho. No entanto,
nenhum prazo havia sido estabelecido.
"Estes soldados darão apoio aos
agentes federais que trabalham em áreas de alto risco para combater
organizações criminosas que buscam introduzir pessoas e bens ilegais
pela fronteira sul", disse a secretária de Segurança Nacional dos
EUA, Janet Napolitano.
Os soldados atuarão estritamente sob
ordens do Serviço de Imigração e Alfândegas (ICE), e não terão uma
função direta na aplicação das leis, o que corresponde às
autoridades civis, disse o comandante da Guarda Nacional, general
Craig McKinley, em coletiva de imprensa.
Além disso, eles terão ordens de não
confrontar, ao menos que sejam confrontados primeiro, disse, por sua
vez, chefe da agência de Alfândegas e Proteção de Fronteiras, Alan
Bersin.
O governo do México manifestou
"preocupação" com a possibilidade de que os soldados sejam usados
para aplicar leis migratórias e não para combater o crime
organizado.
ARIZONA
A nova iniciativa focará no Arizona,
especialmente na área de Tucson, usada por traficantes para
introduzir drogas e indivíduos nos EUA, segundo o chefe do ICE, John
Morton.
O Arizona está no centro da polêmica
porque, em 29 de julho, começará a entrar em vigor no estado uma lei
que criminaliza a imigração ilegal como um delito estadual,
legislação que é inédita na história dos Estados Unidos e foi
impugnada judicialmente pelo governo federal.
A governadora do estado, Jan Brewer,
alega que a lei "responde ao aumento da criminalidade do tráfico
fronteiriço" e é "necessária diante da incapacidade do governo
federal de fazer as leis imigratórias serem cumpridas".
Paralelamente à mobilização de
soldados, serão colocados 300 agentes do ICE e serão enviados seis
novos helicópteros à fronteira, informaram os funcionários.
Além disso, os EUA elevarão para 40 o
número de agentes da ICE mantidos no México para colaborar com suas
contrapartes locais em investigações contra os cartéis da droga,
cuja violência já matou cerca de 25 mil pessoas desde 2006 em todo o
território mexicano.