Os advogados de defesa do goleiro
Bruno, de seu amigo Macarrão, e de outros quatro envolvidos no
assassinato de Eliza Samudio vão ingressar nesta segunda-feira no
Tribunal de Justiça mineiro com pedido de habeas corpus para seus
clientes. Os advogados também vão a Brasília entrar com um pedido no
Superior Tribunal de Justiça (STJ) para ter acesso ao inquérito.
"A polícia está fazendo de tudo para
dificultar nosso trabalho", disse Frederico Franco, do escritório do
advogado Ércio Quaresma, que defende os acusados.
Além de Bruno, Quaresma e Franco
defendem Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, ex-mulher do goleiro;
Elenilson Vítor da Silva; Wemerson Marques de Souza, o Coxinha; e
Flavio Caetano de Araújo. Os seis acusados só prestarão depoimento à
polícia após seus advogados conseguirem uma cópia do inquérito que
investiga o caso.
"Se a polícia quer queda de braço,
vai ficar sem ouvir nossos clientes. Eles vão se reservar o direito
de falar somente em juízo, o que pode atrasar ainda mais a
investigação", disse Franco.
Rodrigo Braga, advogado do
ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, também considera recorrer
ao STJ para ter uma cópia do inquérito.
"O inquérito não está sob segredo de
Justiça. Temos o direito de ter acesso às acusações contra nossos
clientes."
Já Marco Antônio Siqueira, que
defende Sérgio Rosa Sales Camelo, primo de Bruno, não foi localizado
ontem.
Goleiro não conseguiu
assistir à final da Copa
Bruno continua isolado numa cela na Penitenciária Nélson Hungria, em
Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ontem, não
conseguiu ver a final da Copa do Mundo entre Espanha e Holanda.
A Secretaria de Defesa Social (Sedes)
de Minas Gerais informou que o goleiro dorme e come normalmente.
Além de Bruno, estão no presídio Macarrão, Marcos, Wemerson, Flávio,
e Elenilson. Durante os primeiros 30 dias, período considerado de
adaptação, o grupo só poderá receber visitas dos advogados.
Sérgio continua preso no Centro de
Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) São Cristóvão, ao lado
do Departamento de Investigação (DI) de Homicídios, em Belo
Horizonte. Dayanne está no Presídio Feminino Estevão Pinto, também
na capital mineira. Já o adolescente de 17 anos, outro primo de
Bruno, que confessou o crime, está apreendido no Rio.