A ministra Eveline Eveline
Widmer-Schlumpf explicou, em coletiva de imprensa em Berna, que as
investigações não permitem excluir "vícios" no pedido de extradição
americano. Ela também indicou que os Estados Unidos não poderão
apelar desta decisão.
O bracelete eletrônico que Polanski
usava desde dezembro de 2009, quando saiu da prisão e foi colocado
em prisão domiciliar em seu chalé em Gstaad, foi retirado dele nesta
segunda-feira, informou ainda a ministra.
O diretor foi detido em setembro de
2009 ao chegar ao aeroporto de Zurique, onde ia receber um prêmio do
Festival de Cinema dessa cidade.
Os Estados Unidos pediam a extradição
de Polanski, atualmente com 76 anos e acusado de ter abusado de uma
menor de idade há 30 anos.
As autoridades suíças consideraram
igualmente que a aplicação do tratado de extradição com os Estados
Unidos "deve respeitar as regras de boa fé e, por isso, levar em
conta o "clima de confiança" que foi criado com as estadas regulares
de Polanski na Suíça "desde a compra de seu chalé em Gstaad, em
2006".
"Roman Polanski não teria
evidentemente vindo ao Festival de Cinema de Zurique em setembro de
2009 se não tivesse tido confiança no fato de que essa viagem não
teria consequências jurídicas", assinala o ministério suíço da
Justiça, em um comunicado publicado por ocasião da coletiva de
imprensa.
O advogado de Polanski e os
embaixadores americano, francês e polonês na Suíça foram informados
da decisão.
Em Paris, o advogado francês de Roman
Polanski, George Kiejman, se declarou "muito contente e emocionado"
com a decisão, e prestou "homenagem à justiça suíça", estimando que
"sua análise jurídica é muito justa".