"A ligação do PT é com as Forças
Armadas Revolucionárias Colombianas. Mas isso todo mundo sabe, tem
muitas reportagens, tem muita coisa. Apenas isso. Agora, as Farc são
uma força ligada ao narcotráfico, isso não significa que o PT faça o
narcotráfico", afirmou Serra em entrevista no centro de Belo
Horizonte, onde inaugurou o comitê eleitoral.
O ex-governador paulista fez as
declarações ao lado do ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB),
candidato ao Senado, e do governador de Minas, Antonio Anastasia
(PSDB), candidato à reeleição.
Ainda sobre Indio, Serra disse que
cabe ao vice prestar "os esclarecimentos" a respeito do que disse,
mas minimizou as declarações, dizendo que são "opiniões" que "alguns
podem gostar, outros não".
O candidato a presidente buscou
desviar o foco dos ataques do colega de chapa, dizendo que "há uma
coisa mais séria, que é quebra de sigilo", referindo-se ao acesso
dos dados fiscais de Eduardo Jorge.
"É quebra de sigilo de tucanos como
arma de baixaria eleitoral. Essa questão precisa ser apurada, ir à
Justiça, é um crime muito grave, como vários outros que têm sido
praticados, cercando toda essa história de dossiê", disse Serra.
O tucano também criticou as supostas
intenções do PT de fazer uma representação contra a
vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau. Ele disse que, "em
geral", quando os petistas fazem algo ilegal, "a vítima é culpada".
"É realmente uma capacidade de
metamorfose sensacional, mas que tem muito pouca credibilidade",
disse Serra.
O ex-governador paulista não quis
comentar, entretanto, o fato de o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva também ter feito críticas a Sandra Cureau. "O Lula não é
candidato, não é em torno dele que a campanha está centrada",
afirmou.