A informação foi confirmada nesta
segunda-feira à emissora de televisão ABC por Lee Perkins, um
cinegrafista de Shreveport, no Estado americano de Louisiana, que
está "indignado" com a situação da área depois da explosão de uma
plataforma petrolífera em abril.
A comunidade virtual, que pede um
boicote nacional contra marcas da BP como Castrol, Arco, Aral e
Amoco, conta hoje com um total de 603.116 participantes. Perkins
nunca tinha se envolvido antes em assuntos ambientais nem em nenhum
tipo de ativismo, mas, segundo ele, a empresa petrolífera deve dar
explicações e, sobretudo, ajudar os indivíduos e negócios afetados
pelo derramamento de óleo.
Segundo o cinegrafista, a comunidade
que criou no Facebook está surtindo efeito, já que recebe numerosos
relatórios sobre postos de gasolina vazios, e as pessoas a utilizam
para compartilhar fotos, notícias e outros relatórios sobre o
desastre. Perkins acrescentou que a BP "tem muito dinheiro" e deve
compensar não só quem vive da pesca, mas também os funcionários do
setor turístico da região.
O governo dos Estados Unidos, sob
intensas pressões políticas diante do manejo da crise, deve
solicitar formalmente à BP, nesta quarta-feira, a criação de um
fundo multimilionário para ajudar os indivíduos e negócios afetados
pelo vazamento.