Os valores das ações subiram 50 por
cento, e os hedge funds recuperaram a maioria das perdas sofridas em
2008, em um ano marcado por gastos de estímulo governamentais e
flexibilização dos bancos centrais.
A chefe de administração de
patrimônio do Bank of America, Sally Krawcheck, disse: "Já estamos
vendo sinais distintos de recuperação e, em algumas áreas, de
retorno completo aos níveis de riqueza e crescimento de 2007."
O aumento mais acelerado de riqueza
aconteceu na Índia, China e Brasil, alguns dos mercados mais
duramente atingidos em 2008. A riqueza na América Latina e
Ásia-Pacífico chegou a níveis recordes.
As fileiras de milionários da Ásia
subiram para 3 milhões de pessoas, equiparando-se pela primeira vez
à Europa, ao lado de uma expansão econômica de 4,5 por cento.
A riqueza combinada dos milionários
asiáticos subiu 31 por cento, para 9,7 trilhões de dólares,
superando os 9,5 trilhões de dólares de seus colegas europeus.
Na América do Norte, a lista dos
muito ricos cresceu 17 por cento e a riqueza deles aumentou 18 por
cento, chegando a 10,7 trilhões de dólares.
Os Estados Unidos foi o país que teve
mais milionários em 2009 - 2,87 milhões de pessoas -, seguido pelo
Japão (1,65 milhão de milionários), Alemanha (861 mil) e China (477
mil).
A Suíça é o país que teve a maior
concentração de milionários: quase 35 para cada mil adultos.
Contudo, enquanto os portfólios se
recuperavam, os investidores continuaram cautelosos, após um colapso
que apagou uma década de ganhos com ações, motivou uma contração na
economia global e fez o desemprego subir vertiginosamente.
Baseado em pesquisas com mais de
1.100 investidores ricos em 23 firmas, o relatório constatou que os
ricos foram beneficiados por terem uma larga gama de investimentos,
incluindo commodities e patrimônio imobiliário.
Os milionários aplicaram uma parte
maior de seu dinheiro em investimentos de renda fixa, buscando
retornos previsíveis e fluxo de caixa. O desafio que os corretores
têm pela frente é convencer seus clientes a apostar em investimentos
mais frutíferos e de risco mais alto.